Suplicy: "Acredito que devemos acatar a decisão da Justiça e recuar em relação ao reajuste"
Marcelo Ribeiro
Publicado em 26 de dezembro de 2016 às 10h05.
Última atualização em 26 de dezembro de 2016 às 10h10.
São Paulo – O vereador eleito Eduardo Suplicy (PT-SP) afirmou estar consciente sobre a dificuldade de conseguir convencer os demais parlamentares a não recorrerem da decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo de não permitir o reajuste salarial dos vereadores.
Na semana passada, a Câmara Municipal de São Paulo aprovou um aumento salarial de 26% para os vereadores. A remuneração passaria de R$ 15 mil para R$ 18.991,68. Neste domingo (25), o juiz Alberto Alonso Muñoz suspendeu, em decisão provisória, o reajuste.
A EXAME.com, Suplicy disse que a decisão sobre um eventual recurso deve envolver parlamentares em exercício e os eleitos para a próxima legislatura.
“Propus que nos reuníssemos essa semana para decidir sobre o recurso. Acredito que devemos acatar a decisão da Justiça e recuar em relação ao reajuste”, afirmou o petista. “Como quase dois terços dos vereadores votaram pela aprovação do reajuste, será difícil barrar o recurso sobre a liminar que quer suspender o aumento”, completou.
Segundo Suplicy, a reunião deve ocorrer na manhã de domingo (1), antes da posse do novo prefeito da capital paulista, João Doria (PSDB-SP).
O vereador Milton Leite (DEM-SP), atual vice-presidente da Câmara e um dos nomes favoritos para assumir o comando da Casa a partir de 2017, acredita que o reajuste se deu dentro da legalidade. Para ele, a decisão do Judiciário foi equivocada.
“Sobre o argumento de que não se pode criar novas despesas a 180 dias do fim legislatura, nós não criamos novas despesas com pessoal. O salário dos vereadores já é uma despesa prevista. O reajuste é previsto na Constituição”, argumentou o democrata, reforçando que a Casa apresentará recurso sobre a decisão da Justiça.