Brasil

Lula será resgatado democraticamente pelo povo em 2018, diz Dilma

Os advogados do ex-presidente Lula convocaram uma coletiva de imprensa para tratar da decisão do juiz Sergio Moro

A ex-presidente Dilma Rousseff (Andres Stapff/Reuters)

A ex-presidente Dilma Rousseff (Andres Stapff/Reuters)

Valéria Bretas

Valéria Bretas

Publicado em 12 de julho de 2017 às 17h06.

Última atualização em 12 de julho de 2017 às 17h35.

São Paulo – Em nota, a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) classificou a condenação de Luiz Inácio Lula da Silva como um “escárnio”.

Segundo a petista, a sentença de 9 anos e meio de prisão, proferida nesta quarta-feira (12) pelo juiz federal Sergio Moro, é “uma injustiça e um absurdo jurídico que envergonham o Brasil”.

“O país não pode aceitar mais este passo na direção do Estado de Exceção. As garras dos golpistas tentam rasgar a história de um herói do povo brasileiro. Lula é inocente. E o povo brasileiro saberá democraticamente resgatá-lo em 2018”, diz o comunicado. Veja a íntegra da nota.

A direção nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) também comentou a decisão de Moro. “Lula não está acima da lei, tampouco abaixo dela. O que ocorre é um processo de perseguição que se constitui em uma aberração constitucional; um caso típico de lawfare, em que se utilizam recursos jurídicos indevidos como fim de perseguição política”, diz o texto. Veja aqui a íntegra do comunicado.

O partido disse ainda que vai manter sua defesa ao ex-presidente “por acreditar em sua absoluta inocência”.

Para comentar a condenação, os advogados do ex-presidente Lula convocaram uma entrevista coletiva às 18h30, em São Paulo.

Entenda

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi condenado pelo juiz Sergio Moro a nove anos e seis meses de prisão por lavagem de dinheiro e corrupção passiva no caso do tríplex do Guarujá, investigado no âmbito da Operação Lava Jato.

Em suas alegações finais do processo,  o MPF pediu a prisão de Lula em regime fechado, sustentando que ele recebeu R$ 3,7 milhões em benefício próprio – de um valor de R$ 87 milhões de corrupção – da empreiteira OAS, entre 2006 e 2012.

Segundo o MP, Lula teria recebido o tríplex no Guarujá como contrapartida por contratos fechados entre a OAS e a Petrobras durante sua gestão.

Do total, R$ 2,4 milhões se referiam a melhorias e reformas de um tríplex no Guarujá, e outro R$ 1,3 milhão teria financiado o armazenamento de seus bens pessoais entre 2011 e 2016, incluindo o acervo de presentes recebidos durante seus anos na presidência, segundo a acusação do MPF.

 

Acompanhe tudo sobre:Dilma RousseffLuiz Inácio Lula da SilvaOperação Lava JatoSergio Moro

Mais de Brasil

Ensino no Brasil não prepara crianças para mundo do trabalho com IA, diz executivo do B20

Como emitir nova Carteira de Identidade no Amazonas: passo a passo para agendar online

Horário de verão vai voltar? Entenda a recomendação de comitê do governo e os próximos passos

PF investiga incêndios criminosos no Pantanal em área da União alvo de grilagem usada para pecuária