Brasil

Senadores viajarão a Caracas para defender presos políticos

O senador Aécio Neves viajará a Caracas com outros cinco legisladores - da oposição e da base do governo - com missão política e ao mesmo tempo "humanitária"


	"Com o nosso gesto, na realidade vamos suprir a omissão do governo brasileiro em relação a esta questão. Não estamos falando de tal ou qual apoio, estamos falando de respeito à democracia", disse Aécio
 (Waldemir Barreto/Agência Senado)

"Com o nosso gesto, na realidade vamos suprir a omissão do governo brasileiro em relação a esta questão. Não estamos falando de tal ou qual apoio, estamos falando de respeito à democracia", disse Aécio (Waldemir Barreto/Agência Senado)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de junho de 2015 às 10h00.

Liderados por Aécio Neves (PSDB), um grupo de senadores brasileiros viajará a Caracas esta semana para pedir a libertação de três líderes opositores presos na Venezuela.

"O governo venezuelano autorizou o pouso de um avião da Força Aérea Brasileira", informou Aécio no Twitter.

O senador viajará a Caracas com outros cinco legisladores - da oposição e da base do governo - com uma missão política e ao mesmo tempo "humanitária" para pedir a libertação dos líderes opositores Leopoldo López, Antonio Ledezma e Daniel Ceballos.

Os três políticos são acusados de conspirar contra o governo de Nicolás Maduro.

"Com o nosso gesto, na realidade vamos suprir a omissão do governo brasileiro em relação a esta questão. Não estamos falando de tal ou qual apoio, estamos falando de respeito à democracia", disse Aécio.

O grupo chegará a Caracas na quinta-feira, onde também exigirá a definição de uma data para as eleições legislativas deste ano.

A presidente Dilma Rousseff se referiu à situação na Venezuela durante a recente cúpula União Europeia/Comunidade dos Estados Latino-Americanos e do Caribe (Celac), em Bruxelas, onde rejeitou a ordem executiva do governo de Barack Obama que considera Caracas como uma ameaça à segurança dos Estados Unidos.

Os "países latino-americanos e caribenhos não admitem medidas unilaterais, golpistas e políticas de isolamento", afirmou Dilma.

Líder da ala radical da oposição, López está detido em uma prisão militar na região de Caracas, enquanto Ledezma cumpre prisão domiciliar e Ceballos está em uma dependência do serviço secreto.

Lilián Tintori, mulher de López, disse que seu marido - detido desde fevereiro de 2014 - manterá a greve de fome iniciada há mais de três semanas para exigir a fixação da data das eleições legislativas, o "fim da perseguição e da repressão" e a libertação de todos os "presos políticos".

Acompanhe tudo sobre:aecio-nevesAmérica LatinaDilma RousseffNicolás MaduroPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos TrabalhadoresSenadoVenezuela

Mais de Brasil

STF forma maioria para permitir símbolos religiosos em prédios públicos

Governadores do Sul e do Sudeste criticam PEC da Segurança Pública proposta por governo Lula

Leilão de concessão da Nova Raposo recebe quatro propostas

Reeleito em BH, Fuad Noman está internado após sentir fortes dores nas pernas