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Senadores dão aval a projeto de Moro que antecipa prisão

A mudança é defendida pelo juiz Sérgio Moro, responsável pela condução dos processos da Operação Lava Jato no Paraná


	Sérgio Moro, juiz federal responsável pela Operação Lava jato, defende lei que permite prisões em caso de crimes graves, incluindo corrupção
 (Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil)

Sérgio Moro, juiz federal responsável pela Operação Lava jato, defende lei que permite prisões em caso de crimes graves, incluindo corrupção (Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 29 de junho de 2015 às 09h32.

Brasília - Um grupo de senadores encampou o projeto de lei que permite a execução de penas de prisão em caso de crimes graves, incluindo corrupção, quando o réu for condenado na segunda instância ou por tribunal do júri.

A mudança é defendida pelo juiz Sérgio Moro, responsável pela condução dos processos da Operação Lava Jato no Paraná, e abre a possibilidade de o réu não aguardar em liberdade que processo transite em julgado, ou seja, se encerre só após todos os recursos.

A proposta, idealizada por Moro e pela Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), foi protocolada no Senado na quinta-feira, 25. A ideia original era apresentar um texto que permitisse a prisão já após condenações na primeira instância, mas críticas de entidades como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) provocaram revisão.

O texto foi apresentado pelos senadores Roberto Requião (PMDB-PR), Álvaro Dias (PSDB-PR), Ricardo Ferraço (PMDB-ES), Aloysio Nunes (PSDB-SP) e Gleisi Hoffmann (PT-PR).

Se aprovado, ele será aplicado para crimes hediondos, de tráfico de drogas, tortura, terrorismo, corrupção ativa ou passiva, peculato e lavagem de dinheiro, além dos ligados a organizações criminosas.

Nesses casos, o tribunal decidirá sobre a manutenção ou imposição de prisão preventiva ou de outra medida cautelar.

Mas a proposta ainda gera críticas. "Pesquisas mostram que a reversão de recursos por tribunais superiores é alta", afirma Joaquim Pedro Rodrigues, secretário-geral da Comissão de Ciências Criminais da OAB-DF.

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