(Roque de Sá/Agência Senado)
Estadão Conteúdo
Publicado em 5 de novembro de 2019 às 17h39.
Última atualização em 5 de novembro de 2019 às 17h44.
O líder do MDB no Senado, Eduardo Braga (AM), classificou como um "abuso" o fato de ter sido informado pela Polícia Federal no início da manhã sobre um depoimento que deveria prestar ao órgão.
A PF foi até a residência do senador, em Brasília, chamá-lo para prestar esclarecimentos em uma investigação da qual é alvo. O inquérito apura supostas doações de R$ 40 milhões feitas pelo grupo J&F a senadores do MDB para as eleições de 2014. A informação partiu da delação de Ricardo Saud, que serviu como base para a instauração do inquérito.
"Eu acho que, para que eu fosse notificado de um agendamento de oitiva, não precisava ser às 7 horas da manhã, podia ser a qualquer momento. Eu tenho local certo e conhecido, não só em Brasília, como no meu Estado", disse o senador em entrevista no Senado. "Não sou daqueles que respondem de forma desequilibrada, mas creio que este é um dos abusos que nós precisamos evitar no Brasil."
Os advogados, afirmou Braga, buscarão uma reparação na Justiça. A defesa, alegou, ainda não teve acesso à decisão judicial que autorizou o depoimento.
O senador deixou de comparecer ao depoimento na PF para participar de reunião no Palácio do Planalto sobre assuntos da Amazônia. "Eu recebi um agendamento de oitiva. E, como sempre, apoio toda e qualquer intimação. O que não é justo é fake news de que imóveis meus ou meu gabinete foram alvo de busca e apreensão", afirmou o senador ao sair do Palácio do Planalto.
Eduardo Braga
"O senador Eduardo Braga recebeu esta manhã uma solicitação do Delegado Bernardo Amaral para prestar esclarecimentos no inquérito 4707 (STF). Já estabeleceu contato para ajustar a data. O senador sempre se colocou à disposição para colaborar com qualquer investigação. A cobertura midiática de hoje, talvez por sensacionalismo, talvez por desinformação, menciona fato que simplesmente não existiu, na medida em que nenhuma medida de busca e apreensão foi realizada na residência ou em qualquer outro endereço do senador Eduardo Braga."
Renan Calheiros
"Senador Renan não foi alvo de operação. Não há busca e apreensão, como também não há qualquer determinação a ser cumprida nas dependências do Congresso. Entregaram uma simples intimação para prestar esclarecimentos. Nada mais que isso".
Vital do Rêgo Filho
Em nota, a defesa do ministro informou que não houve cumprimento de mandados de busca ou apreensão em endereços do ex-senador, mas uma solicitação para depoimento. "O Ministro é o maior interessado em esclarecer os fatos e, portanto, atenderá a solicitação do depoimento, colaborando com a justiça, como sempre tem feito", diz o texto.
Jader Barbalho
"O senador Jader Barbalho recebeu a intimação sobre o Inquérito 4707, entrou em contato com a Polícia Federal para agendar uma nova data, em Brasília, quando prestará todos os esclarecimentos necessários."
Guido Mantega
"Guido Mantega não foi alvo de busca e apreensão, apenas recebeu uma intimação para prestar depoimento. Sua defesa já entrou em contato com as autoridades para agendar seu comparecimento, oportunidade em que prestará todos os esclarecimentos no interesse das investigações."
MDB
"O MDB não comenta decisões judiciais"
PT
A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa do partido por e-mail. O espaço está aberto para manifestações.
Hélder Barbalho
A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Comunicação do Pará e com a defesa do governador Hélder Barbalho. O espaço está aberto para manifestação.
Outros
A reportagem tenta contato com as defesas dos ex-senadores Eunício de Oliveira e Valdir Raupp e também da ex-presidente Dilma. O espaço está aberto para manifestações.