Brasil

Senador petista critica política do 'olho por olho'

Para Jorge Viana, declarações de Marcos Valério sobre a suposta participação de Lula no mensalão adquiriram "repercussão fora do comum"


	Jorge Viana: para o senador petista, acusações contra Lula "beiram um golpe"
 (Antônio Cruz/ABr/Agência Brasil)

Jorge Viana: para o senador petista, acusações contra Lula "beiram um golpe" (Antônio Cruz/ABr/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de dezembro de 2012 às 21h33.

Brasília - O senador petista Jorge Viana (AC) afirmou nesta quinta-feira (13) que, mesmo diante do que considera uma "campanha para destruir a imagem" do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, não se pode fazer política na base do "olho por olho". Viana criticou o convite aprovado na Comissão Mista de Controle de Inteligência, com o apoio do líder do PT na Câmara, Jilmar Tatto (SP), para que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso fale sobre uma suposta lista de propina em Furnas no seu governo.

"Há uma campanha para destruir a imagem de Lula. Mas isso não nos dá razão para fazer o olho por olho. Eu vou continuar respeitando o ex-presidente Fernando Henrique. Em seu governo endossei documentos que pediam investigações, mas nunca questionei sua honestidade. Se concordar com isso agora, eu perco a razão. Não é justo isso", disse. Jilmar Tatto, autor do requerimento, chegou a dizer que "se eles querem guerra, vão ter.". Viana fez esses comentários nesta quinta-feira (13), da tribuna do Senado, e também em conversa com jornalistas.

Viana reagiu ao que considera como "repercussão fora do comum" às declarações do empresário Marcos Valério feitas ao Ministério Público Federal e reveladas pelo jornal O Estado de S. Paulo de que pagou despesas pessoais do ex-presidente Lula. "Não é o senhor Marcos Valério que quer desmoralizar o presidente Lula, é uma orquestração", afirmou o petista.

Para o petista, Lula não é desonesto, não compactua com a corrupção e tampouco é antidemocrático. "Não tentem pegar este caminho", afirmou Viana, que acredita haver um "ambiente de enfrentamento institucional". O senador disse que "obviamente" alguns não se conformam com os dez anos de governos do PT, mas, na opinião dele, as acusações beiram um golpe.

Acompanhe tudo sobre:CorrupçãoEscândalosFraudesMensalãoPartidos políticosPolítica no BrasilPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Brasil

Quanto custa uma multa por passar por cima de poças d’água e molhar pedestres?

Leia íntegra do pronunciamento de Haddad sobre isenção do IR e pacote de corte de R$ 70 bi

Escolas cívico-militares: entenda os próximos passos do programa em São Paulo

Como obter aposentadoria por invalidez pelo INSS?