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Senador pego com dinheiro na cueca amplia licença e filho pode assumir

Chico Rodrigues decidiu aumentar a licença que vai tirar do Senado de 90 dias para 121 dias. Neste caso quem assume é o suplente, que é o filho do senador

Senador Chico Rodrigues (Adriano Machado/Reuters)

Senador Chico Rodrigues (Adriano Machado/Reuters)

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Reuters

Publicado em 20 de outubro de 2020 às 15h48.

O senador Chico Rodrigues (DEM-RR), flagrado com mais de 30 mil reais em dinheiro na cueca durante uma operação da Polícia Federal que cumpriu mandado de busca e apreensão em sua casa na semana passada, decidiu ampliar a licença que vai tirar do Senado de 90 dias para 121 dias, segundo documento encaminhado para a Mesa Diretora da Casa.

A licença de 90 dias, informado inicialmente pela assessoria do senador, não levaria à convocação do suplente. Com o afastamento maior, de 121 dias, o primeiro suplente, Pedro Arthur Ferreira Rodrigues, filho do senador, poderá assumir o posto.

"Venho retificar a petição protocolada na data de hoje, às 8h49, para requerer a minha licença do cargo de senador da República se dê pelo prazo de 121 dias", informou ele ao comando do Senado, ao acrescentar que pediu a suspensão do pagamento de salário durante a vigência da licença.

O afastamento de Rodrigues, que era vice-líder do governo do presidente Jair Bolsonaro à época da operação, mas pediu exoneração do posto após o episódio, já havia sido determinado em decisão monocrática do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), mas cabe aos senadores decidirem se mantêm ou não a decisão.

A decisão de Barroso de afastar Rodrigues está na pauta do plenário do Supremo para ser analisada na quarta-feira.

Os recursos na cueca de Rodrigues foram encontrados por agentes da Polícia Federal durante operação que apura supostos desvios em recursos destinados ao combate à pandemia de Covid-19.

A defesa do senador nega irregularidades, diz que o dinheiro apreendido tem origem lícita, seria usado no pagamento de salários de funcionários de empresas da família do parlamentar e que foi uma reação impensada escondê-los na cueca.

Acompanhe tudo sobre:JustiçaSenadoSupremo Tribunal Federal (STF)

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