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Senador José Agripino vira réu em ação penal no STF

Ministro Celso de Mello entendeu que há indícios mínimos para abertura do processo criminal, como depósitos de valores em espécie na conta do parlamentar

José Agripino Maia: senador foi citado em delação premiada de empresário, que o acusou de receber aproximadamente R$ 1 mi em contrato de inspeção veicular (Elza Fiúza/AGÊNCIA BRASIL/Agência Brasil)

José Agripino Maia: senador foi citado em delação premiada de empresário, que o acusou de receber aproximadamente R$ 1 mi em contrato de inspeção veicular (Elza Fiúza/AGÊNCIA BRASIL/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 12 de junho de 2018 às 15h58.

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu hoje (12) aceitar denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o senador José Agripino Maia (DEM-RN). Com a decisão, o senador se torna réu no processo por corrupção, lavagem de dinheiro e uso de documento falso.

De acordo com a PGR, Agripino foi citado em um depoimento de delação premiada de um empresário do Rio Grande do Norte, que o acusou de receber aproximadamente R$ 1 milhão em contrato de inspeção veicular entre uma empresa privada e o governo do estado, em 2010, durante a gestão da ex-governadora Rosalba Ciarlini, cuja denúncia foi arquivada.

O julgamento foi retomado nesta tarde após registrar um empate na votação, durante a sessão da semana passada. Ao decidir a questão, o ministro Celso de Mello entendeu que há indícios mínimos para abertura do processo criminal, como depósitos de valores em espécie na conta do parlamentar.

Na semana passada, os ministros Edson Fachin e Ricardo Lewandowski votaram pelo recebimento da denúncia. Dias Toffoli discordou em parte do relator por entender que a delação premiada deveria ter sido assinada pelo ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e não por auxiliares indicados por ele. Gilmar Mendes votou pelo arquivamento da denúncia

No processo, a defesa do senador Agripino negou a prática dos crimes e afirmou que "décadas de vida pública sempre gozou de reputação ilibada, sendo leviana a denúncia apresentada".

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