Brasil

Senador do PSOL apoia plebiscito sobre reforma política

Randolfe foi o primeiro representante da oposição a ser recebido por Dilma para discutir as medidas que o governo vai tomar em resposta às manifestações no país


	“Temos acordo sobre o plebiscito, principalmente sobre o fim do financiamento privado”, afirmou Randolfe Rodrigues
 (.)

“Temos acordo sobre o plebiscito, principalmente sobre o fim do financiamento privado”, afirmou Randolfe Rodrigues (.)

DR

Da Redação

Publicado em 1 de julho de 2013 às 18h22.

Brasília – O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) disse hoje (1°), após encontro com a presidenta Dilma Rousseff, que é favorável à realização de um plebiscito sobre a reforma política e sugeriu que a consulta popular inclua questões sobre o voto em lista, o fim do financiamento privado de campanhas, a revogação popular de mandatos e o fim da reeleição e do foro privilegiado para políticos.

Segundo Randolfe, apenas as duas primeiras questões “têm acordo” para ser incluídas no plebiscito, conforme as negociações feitas até agora entre o governo e líderes partidários. Randolfe foi o primeiro representante da oposição a ser recebido por Dilma para discutir as medidas que o governo vai tomar em resposta às manifestações no país.

“Temos acordo sobre o plebiscito, principalmente sobre o fim do financiamento privado”, afirmou.

As propostas defendidas pelo senador durante o encontro não representam o PSOL, são posicionamentos pessoais. A legenda desistiu de vir à reunião, argumentando que não conseguiu reunir a executiva do partido antes do encontro.

Além do apoio ao plebiscito – e não a um referendo, como defendem alguns líderes da oposição – Randolfe apresentou a Dilma propostas nas áreas de educação e mobilidade urbana. O senador defendeu a aprovação imediata do Plano Nacional de Educação, com 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para o setor, e a ampliação das fontes de financiamento da área, inclusive com lucros de estatais.

Randolfe disse que a proposta de tarifa zero defendida pelo Movimento Passe Livre, que deu origem à onda de manifestações pelo país, é “possível e necessária” e que os recursos para subsidiar o benefício podem surgir após uma auditoria da dívida pública do país.

Para a área de mobilidade urbana, o senador do PSOL defendeu que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) volte a financiar municípios para criação de empresas públicas de transporte, como acontecia até a década de 1980. Segundo Randolfe, as concessões continuariam a existir, mas as empresas públicas municipais de transporte poderiam regular as tarifas para baixo obrigando as empresas privadas a abrirem as planilhas de custo. A proposta, de acordo com o senador, poderá ser avaliada pelo grupo de trabalho criado pelo governo federal para discutir as questões de transporte público após as manifestações.

Randolfe disse que foi convidado a se reunir com Dilma junto com outros líderes da oposição, mas que pediu que o encontro fosse separado do DEM e do PSDB, por defenderem “teses divergentes”.

Acompanhe tudo sobre:Dilma RousseffPartidos políticosPersonalidadesPlebiscitoPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPSOL – Partido Socialismo e LiberdadePT – Partido dos TrabalhadoresReforma política

Mais de Brasil

Cármen Lúcia cobra explicações do governo após relato de caso de racismo envolvendo ministra do TSE

Com bebê reborn no colo, deputado diz que ter boneca 'não é pecado'

PL que legaliza cassinos, bingos e jogo do bicho deve ser votado até junho, diz relator

Fim da reeleição: CCJ do Senado aprova proposta de mandato de 5 anos para presidente e governador