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Senado reclamará no STF por ação em apartamento de Gleisi

O Senado vai entrar com reclamação junto ao Supremo contra a Operação Custo Brasil, deflagrada pela Polícia Federal


	Paulo Bernardo: parte da operação de hoje envolveu um apartamento funcional de propriedade do Senado, ocupado pela senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), no qual Bernardo foi preso
 (Antonio Cruz/ABr)

Paulo Bernardo: parte da operação de hoje envolveu um apartamento funcional de propriedade do Senado, ocupado pela senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), no qual Bernardo foi preso (Antonio Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 23 de junho de 2016 às 20h10.

Brasília - Como adiantou a Coluna do Estadão, o Senado vai entrar com reclamação junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a Operação Custo Brasil, deflagrada pela Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira, 23. 

O presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o primeiro-vice-presidente, Jorge Viana (PT-AC), já pediram uma consulta sobre o assunto à Advocacia-Geral do Senado para embasar o documento.

Parte da operação de hoje envolveu um apartamento funcional de propriedade do Senado, ocupado pela senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), em Brasília.

No local, os policiais prenderam o ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo, marido de Gleisi, e também realizaram mandado de busca e apreensão de alguns documentos e de pelo menos um computador.

Os parlamentares consideram o espaço como uma extensão da Casa.

Renan e Viana querem a garantia de que esse tipo de ação não volte a acontecer sem a autorização prévia do STF.

A reclamação da Advocacia-geral argumentará que apenas o Supremo tem competência para autorizar medidas coercitivas desse tipo dentro de imóveis de propriedade do Senado, mesmo que elas envolvam investigados sem foro privilegiado, como no caso de Bernardo.

Os mandados, que visavam apenas o ex-ministro, foram expedidos pelo juiz de primeira instância Paulo Bueno de Azevedo, da 6ª Vara Criminal de São Paulo.

A Advocacia-Geral deverá entrar ainda com uma representação disciplinar no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra o juiz que autorizou a operação.

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