Brasil

Senado pode votar hoje bloqueio de bens relacionados ao terrorismo

O projeto busca agilizar o bloqueio de bens e a identificação de empresas e pessoas associadas ao terrorismo

Plenário do Senado, em Brasília (Ueslei Marcelino/Reuters)

Plenário do Senado, em Brasília (Ueslei Marcelino/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 20 de fevereiro de 2019 às 14h31.

O relatório do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) sobre o projeto que acelera a indisponibilidade de bens relacionados ao terrorismo foi aprovado nesta quarta-feira (20) em sessão conjunta das Comissões de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) e de Constituição e Justiça do Senado. A matéria poderá ser votada pelo plenário na tarde de hoje.

Na semana passada, o plenário da Câmara dos Deputados aprovou a proposta (PL 10431/18), enviada pelo Executivo, que determina o cumprimento imediato, pelo Brasil, de sanções impostas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas relacionadas ao crime de terrorismo, principalmente o bloqueio de ativos.

No Senado, o texto estava na pauta de ontem do plenário, mas foi retirado por um acordo feito na reunião de líderes para que os parlamentares tivessem tempo para entender e discutir melhor a matéria.

Para que o texto não tenha que voltar à análise dos deputados, Anastasia acatou emendas de redação, que não alteram o mérito da proposta. O senador esclareceu que a matéria trata de bloqueio e não de perda de bens.

Em defesa do texto, o líder do governo no Senado, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), lembrou que o Brasil pode sofrer sanções ou restrições internacionais nos campos político, diplomático e financeiro se não fizer as mudanças, pois participa tanto do conselho, como membro rotativo, quanto do Grupo de Ação Financeira Internacional (Gafi), cujo foco é o combate à corrupção e à lavagem de dinheiro, inclusive se associados a atos de terrorismo.

A proposta

Primeiro item da pauta da tarde de hoje no Senado, o projeto busca agilizar o procedimento de bloqueio de bens - desde valores e fundos até serviços, financeiros ou não - e a identificação de empresas e pessoas associadas ao terrorismo e à proliferação de armas de destruição em massa.

A legislação brasileira já possui norma para atender a essas sanções (Lei 13.170, de 2015), mas prevê a necessidade de ação judicial para fazer o bloqueio de ativos, o que foi criticado pelo conselho da ONU devido à demora.

Acompanhe tudo sobre:Antônio AnastasiaONUPSDBSenadoTerrorismo

Mais de Brasil

Banco Central comunica vazamento de dados de 150 chaves Pix cadastradas na Shopee

Poluição do ar em Brasília cresceu 350 vezes durante incêndio

Bruno Reis tem 63,3% e Geraldo Júnior, 10,7%, em Salvador, aponta pesquisa Futura

Em meio a concessões e de olho em receita, CPTM vai oferecer serviços para empresas