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Senado não quer ativismo político dentro do MP, diz relator sobre Aras

As declarações de Augusto Aras, escolhido por Bolsonaro para assumir a PGR, vêm agradando a senadores, inclusive da oposição

Aras: o relator Eduardo Braga defendeu a indicação de Bolsonaro (Marcos Brandão/Senado Federal/Flickr)

Aras: o relator Eduardo Braga defendeu a indicação de Bolsonaro (Marcos Brandão/Senado Federal/Flickr)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 13 de setembro de 2019 às 15h58.

Relator da indicação de Augusto Aras para a Procuradoria-Geral da República (PGR), o senador Eduardo Braga (MDB-AM) defendeu o perfil do escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro para o cargo e afirmou que os senadores - responsáveis por dar aval ou não ao nome - não querem o que chamam de "ativismo político" no Ministério Público.

O perfil e as declarações de Aras vêm agradando a senadores, inclusive da oposição. Nesta sexta-feira, 13, o subprocurador deve se encontrar com Eduardo Braga no Senado. Além disso, também se reúne com o líder da minoria na Casa, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que diz ter aceitado recebê-lo somente depois das declarações se comprometendo com independência em relação ao presidente Jair Bolsonaro.

"A grande maioria dos senadores é favorável a uma posição que (o procurador) seja rigoroso no combate à corrupção, rigoroso no combate ao crime, mas que não criminalize a política, que não institua um partido político dentro do Ministério Público e muito menos dentro da magistratura", declarou Braga em entrevista coletiva no Senado.

Ontem, o relator afirmou ao Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, que seu parecer será favorável à indicação de Bolsonaro para PGR. Nesta sexta-feira, 13, o senador defendeu um perfil para a Procuradoria que, na área ambiental, combata crimes mas também não coloque entraves para o desenvolvimento econômico. "Meio ambiente não é santuário", disse.

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