Brasil

Senado faz primeira sessão de discussão da reforma trabalhista

A oposição voltou a criticar o projeto e se queixou do acordo firmado pela base aliada com o governo para que a proposta seja aprovada sem alterações

Senado: ao todo, 25 senadores se inscreveram, com direito a 10 minutos de fala para cada um (Adriano Machado/Reuters)

Senado: ao todo, 25 senadores se inscreveram, com direito a 10 minutos de fala para cada um (Adriano Machado/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 5 de julho de 2017 às 21h07.

O plenário do Senado fez hoje (5) a primeira das duas sessões de discussão previstas antes da votação do projeto que trata da reforma trabalhista.

Após aprovarem o projeto de lei que trata da retomada do dinheiro de precatórios não sacados pelos credores, os senadores iniciaram o debate sobre a reforma.

Ao todo, 25 senadores se inscreveram, com direito a 10 minutos de fala para cada um. A oposição voltou a criticar o projeto e se queixou do acordo firmado pela base aliada com o governo para que a proposta seja aprovada sem alterações.

"Me causa enorme surpresa - aliás, me causa angústia - saber que esta Casa, o Senado da República, não pode acrescentar nem retirar uma só vírgula da reforma trabalhista que o governo mandou para o Congresso Nacional. Isso é algo inadmissível", disse o senador João Capiberibe (PSB-AP).

O relator da reforma, senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), no entanto, voltou a defender seu parecer pela aprovação do texto sem alterações. Para ele, a reforma vai beneficiar as menores empresas, que são as mais prejudicadas pela atual legislação trabalhista.

"Quem são os empregadores no Brasil para aproximadamente 70% dos empregos que são gerados no nosso país? Quem gera esses empregos são as empresas com mais de 200 trabalhadores? Não. Para aproximadamente 70% dos empregos do nosso país, quem gera é o micro e pequeno empresário que reúne em seus estabelecimentos até 15 trabalhadores. Portanto, nós estamos fortalecendo a micro e pequena empresa", disse.

Os debates sobre a reforma continuarão amanhã (6), conforme acordo firmado entre os líderes partidários. Assim, na próxima semana, o plenário iniciará a ordem do dia com o encaminhamento para a votação, sem precisar abrir novo espaço para discussão da matéria.

Acompanhe tudo sobre:Governo TemerReforma trabalhistaSenado

Mais de Brasil

Justiça nega pedido da prefeitura de SP para multar 99 no caso de mototáxi

Carta aberta de servidores do IBGE acusa gestão Pochmann de viés autoritário, político e midiático

Ministra interina diz que Brasil vai analisar decisões de Trump: 'Ele pode falar o que quiser'

Bastidores: pauta ambiental, esvaziamento da COP30 e tarifaço de Trump preocupam Planalto