Brasil

Senado deve discutir novas regras das dívidas dos estados

A expectativa pela volta aos trabalhos no Senado, depois do carnaval, é sobre a definição de novas regras para atualizar as dívidas de estados


	Senado Federal: proposta do Projeto de Lei Complementar (PLC) 99/2013 está na pauta da reunião da Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania de quarta-feira
 (Arquivo/ Agência Brasil/Senado, senadores)

Senado Federal: proposta do Projeto de Lei Complementar (PLC) 99/2013 está na pauta da reunião da Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania de quarta-feira (Arquivo/ Agência Brasil/Senado, senadores)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de março de 2014 às 12h35.

Brasília - No Senado, a expectativa pela volta aos trabalhos, depois do carnaval, é sobre a definição de novas regras para atualizar as dívidas de estados.

A proposta do Projeto de Lei Complementar (PLC) 99/2013 está na pauta da reunião da Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania de quarta-feira (12).

Conforme cronograma acordado por líderes partidários, é preciso que a matéria seja votada na CCJ na data prevista, para que possa ser examinada pelo plenário até o dia 27.

Apesar de o relator da matéria, senador Luiz Henrique (PMDB-SC), dizer que há acordo para a votação na CCJ, o governo, que também é autor da proposta, desistiu de levar a votação adiante e agora é o maior opositor à matéria com o argumento de que a redução dos encargos afetaria os recursos disponíveis para pagamento de dívidas e investimentos.

Depois que passar pela CCJ e antes de chegar ao plenário, a matéria ainda vai passar pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

Para a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), é preciso mais tempo para discutir o texto. “É um projeto que precisa de um debate mais aprofundado. Há dúvidas em relação à limitação de endividamento que os estados poderiam pegar a partir de agora, em se refazendo o espaço fiscal. A partir do momento em que nós diminuímos o índice de correção da dívida, aumenta a capacidade dos estados se endividarem, mas essa dívida terá que ser pra custeio? Terá que ser só para investimento? Qual o regramento sobre isso? São várias dúvidas que os senadores têm e que nós consideramos legítima. Não sei se será possível a votação [no dia 12], mas com certeza o debate nós faremos”, disse a senadora.


O projeto fixa novo indexador para corrigir os encargos das dívidas estaduais e municipais com a União: troca o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) mais juros de 6% a 9% ao ano pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), mais juros anuais de 4%, não podendo o total ultrapassar a taxa Selic.

Para evitar que o texto tenha que voltar à Câmara dos Deputados antes da sanção, o relatório já lido no Senado mantém alterações feitas na Câmara dos Deputados ao texto do Executivo.

Assim, estabelece descontos nos estoques das dívidas, equivalentes à diferença entre o saldo devedor existente em 1º de janeiro de 2013 e aquele apurado com a aplicação da variação acumulada da taxa Selic desde a assinatura dos contratos.

Favoráveis à votação emergencial do projeto, alguns governadores, prefeitos e secretários de Fazenda devem vir pessoalmente a Brasília acompanhar a votação.

Para eles a aprovação da proposta é sinônimo de alívio dos caixas estaduais e municipais sufocados por uma dívida estimada em cerca de meio trilhão de reais.

Acompanhe tudo sobre:PolíticaPolítica no BrasilSenado

Mais de Brasil

Revalida divulga resultado de recursos para atendimento especializado

Com segurança reforçada, Alexandre de Moraes recebe homenagem no Tribunal de Contas de SP

Nova onda de frio terá ciclone e 'chuva congelada' no Brasil; veja quando começa

São Paulo terá chuva, rajadas de vento e temperatura de 6 ºC; Defesa Civil emite alerta