Brasil

Senado regulamenta diretos do consumidor em compras online

O outro projeto de lei aprovado pelo Senado trata sobre superendividamento e consumo sustentável


	Regulamentação dos direitos dos consumidores que fazem compras online: outro projeto de lei aprovado pelo Senado trata sobre superendividamento e consumo sustentável
 (Getty Images)

Regulamentação dos direitos dos consumidores que fazem compras online: outro projeto de lei aprovado pelo Senado trata sobre superendividamento e consumo sustentável (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de outubro de 2015 às 06h21.

O plenário do Senado aprovou hoje (28) dois projetos de lei que tratam da modernização do Código de Defesa do Consumidor. Um regulamenta os direitos relacionados a compras feitas pela internet. O outro trata de superendividamento e consumo sustentável.

Sobre o comércio eletrônico, o relatório do senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) estabelece que os sites serão obrigados a informar, em local de fácil visualização, o endereço geográfico e eletrônico, o nome empresarial e outros dados sobre o mantenedor, assim como o preço total do produto ou serviço, incluindo taxas adicionais, tributos, despesas com frete, entre outras informações.

Além disso, também serão obrigados a divulgar dados básicos sobre o produto ou serviço, prazo de entrega, formas de pagamento e quantidade mínima de compradores em caso de compras coletivas.

Os chamados clubes de compras, em que produtos são ofertados a preços menores caso um grande número de compradores seja atingido, ficam responsabilizados solidariamente pelos danos causados ao consumidor pelas empresas responsáveis pelos produtos vendidos.

O vazamento de dados dos consumidores deverão ser imediatamente comunicados às autoridades e os spams – propagandas eletrônicas enviadas por e-mail – ficam limitados, só podendo ser enviados com autorização prévia do consumidor.

Já projeto que trata do superendividamento do consumidor e do consumo sustentável estabelece que os rótulos dos produtos devem conter informações sobre impactos ambientais e descarte correto de embalagens.

Em relação ao superendividamento do consumidor, as propagandas enganosas sobre oferta de crédito, assédio agressivo para tomada de empréstimos e cláusulas contratuais mal explicadas terão punições previstas na proposta. Os créditos consignados passam a ficar restritos ao máximo de 30% da remuneração mensal líquida do consumidor, conforme já ocorre com servidores públicos e aposentados.

Os Procons também saem fortalecidos na proposta do senador. Eles passam a ter mais poderes para negociar e resolver problemas relatados pelos consumidores e ganham autonomia para aplicar medidas corretivas como determinar a reparação do produto com problema ou a devolução do dinheiro, por exemplo. O descumprimento a determinações dos Procons poderá resultar na aplicação de multas diárias.

As duas propostas haviam sido aprovadas em primeiro turno no dia 30 de setembro e agora passaram por turno suplementar. Os textos seguem para a Câmara dos Deputados, que poderá fazer modificações.

Acompanhe tudo sobre:Consumidoresdireito-do-consumidore-commercePolítica no BrasilSenado

Mais de Brasil

Governadores do Sul e do Sudeste criticam PEC da Segurança Pública proposta por governo Lula

Leilão de concessão da Nova Raposo recebe quatro propostas

Reeleito em BH, Fuad Noman está internado após sentir fortes dores nas pernas

CNU divulga hoje notas de candidatos reintegrados ao concurso