Brasil

Senado aprova texto-base de projeto da recuperação dos estados

O texto cria o regime de recuperação mediante exigências, como a privatização de estatais nos setores financeiro, de energia, de saneamento e outros

Senado: os senadores analisam agora destaques à proposta, que podem alterar o texto final. Após concluída essa fase, a matéria vai a sanção de Michel Temer (Adriano Machado/REUTERS/Reuters)

Senado: os senadores analisam agora destaques à proposta, que podem alterar o texto final. Após concluída essa fase, a matéria vai a sanção de Michel Temer (Adriano Machado/REUTERS/Reuters)

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Reuters

Publicado em 17 de maio de 2017 às 19h25.

Última atualização em 17 de maio de 2017 às 20h01.

Brasília - O Senado aprovou nesta quarta-feira o texto-base do projeto que estabelece um regime de recuperação fiscal para Estados com alto endividamento.

Os senadores analisam agora destaques à proposta, que podem alterar o texto final. Após concluída essa fase, a matéria vai a sanção presidencial.

O texto cria o regime de recuperação mediante a exigência de contrapartidas, como a privatização de estatais nos setores financeiro, de energia, de saneamento e outros, e a redução de incentivos tributários.

Também estabelece vedações aos que aderirem ao regime, como impedimentos à concessão de reajustes ao funcionalismo, realização de concursos públicos ou criação de cargos, e de despesas obrigatórias, além de impedir a criação ou ampliação de incentivo fiscal, entre outros pontos.

Por acordo entre os senadores, foi incorporada uma emenda de redação prevendo que o prazo do plano de recuperação fiscal será fixado conforme estimativa recomendada pelo Conselho de Supervisão e será limitado a 36 meses, admitida uma prorrogação.

O conselho é formado por três profissionais com experiência e conhecimento técnico nas áreas de gestão de finanças públicas, recuperação judicial de empresas, gestão financeira ou recuperação fiscal de entes públicos; dois indicados pelo Ministério da Fazenda e um pela Controladoria-Geral da União.

A aprovação da proposta era aguardada por Estados que vivem uma crise financeira aguda, como Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, que têm enfrentado dificuldades para pagar a folha de funcionários públicos, chegando a atrasar os salários dos servidores.

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