Brasil

Senado aprova acordo de extradição entre Brasil e China

Principal ponto do acordo é permitir que a Interpol possa fazer o pedido de prisão preventiva para extradição e acionar as vias diplomáticas


	Congresso Nacional: acordo sobre processos de extradição foi aprovado hoje (15) pelo plenário do Senado
 (Arthur Monteiro/Agência Senado)

Congresso Nacional: acordo sobre processos de extradição foi aprovado hoje (15) pelo plenário do Senado (Arthur Monteiro/Agência Senado)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de julho de 2014 às 14h32.

Brasília - Dez anos depois de começar a tramitar no Congresso Nacional, um acordo firmado pelo Brasil com a China para agilizar processos de extradição foi aprovado ontem (15) pelo plenário do Senado. A aprovação ocorreu um dia antes de a Casa receber a visita do presidente chines Xi Jinping, que está no Brasil para a reunião de cúpula dos países do Brics: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

O principal ponto do acordo é permitir que a Organização Internacional de Polícia (Interpol) possa fazer o pedido de prisão preventiva para extradição e acionar as vias diplomáticas para dar prosseguimento aos trâmites burocráticos. Isso deve acelerar o processo de extradição e torná-lo mais eficiente.

O acordo não prevê mudanças significativas em questões já consagradas no direito internacional. Dessa forma, fica proibida a extradição de cidadãos natos do país que está sendo requisitado, ou quando a pena a ser aplicada for conflitante com os princípios de direito do país que fará a extradição. Por exemplo, o Brasil não fará extradições de pessoas que forem condenadas à pena de morte na China.

Também será negada a extradição se o país requisitado entender que é motivada por perseguição religiosa, de sexo, cor ou raça, ou ligada a outros tipos de violações de direitos humanos. Se a pessoa não tiver condições de viajar por motivos de saúde ou idade, a extradição também poderá ser negada sob alegação de respeito a critérios humanitários.

O acordo já foi aprovado pela Câmara e seguirá para promulgação.

Acompanhe tudo sobre:ChinaInterpolPolítica no BrasilSenado

Mais de Brasil

Banco Central comunica vazamento de dados de 150 chaves Pix cadastradas na Shopee

Poluição do ar em Brasília cresceu 350 vezes durante incêndio

Bruno Reis tem 63,3% e Geraldo Júnior, 10,7%, em Salvador, aponta pesquisa Futura

Em meio a concessões e de olho em receita, CPTM vai oferecer serviços para empresas