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Senado anuncia grupo que vai aos EUA tentar acordo bilateral contra tarifaço de Trump

Parlamentares viajam no fim do mês para falar com congressistas americanos

Agência o Globo
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Publicado em 17 de julho de 2025 às 14h52.

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O Senado definiu os nomes dos parlamentares que integrarão uma comitiva que vai aos Estados Unidos para negociar com congressistas norte-americanos a possibilidade de reduzir a taxação de 50% sobre produtos brasileiros imposta pelo presidente Donald Trump.

No grupo que estará em Washington entre os dias 29 e 31 deste mês, estão a senadora Tereza Cristina (PP-MS), ex-ministra da Agricultura durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), e o senador Marcos Pontes (PL-SP), que ocupou a pasta da Ciência e Tecnologia, no mesmo período.

Completam o grupo o líder do governo na Casa, Jacques Wagner (PT-BA), Esperidião Amin (PP-SC), Rogério Carvalho (PT-SE), Fernando Farias (MDB-AL) e Carlos Viana (Podemos-MG).

A criação da Comissão Temporária Externa para interlocução sobre as relações econômicas bilaterais com os Estados Unidos foi aprovada nesta semana pela Comissão de Relações Exteriores do Senado. É possível que o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que segue licenciado nos Estados Unidos, e junte ao grupo em algumas das agendas.

Nesta quinta-feira, Bolsonaro defendeu que Eduardo permaneça nos Estados Unidos mesmo depois do prazo regimental para o seu afastamento, que se encerra neste domingo. Depois deste prazo, o mandato do parlamentar poderia ser cassado por acumular faltas em sessões. Licenciado do próprio mandato desde março, Eduardo diz que não renunciará ao posto. O irmão dele, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), defendeu que ele cumpra o prazo previsto para faltar às sessões, sem renunciar imediatamente.

— Pelo que eu sei, ele (Eduardo) não vem pra cá (para o Brasil), ele vai ser preso no aeroporto. Com todo o respeito aos parlamentares presentes, ele é mais útil lá fora do que cumprindo mandato — disse o ex-presidente ao deixar o gabinete de Flávio, nesta quinta-feira. Flávio afirmou que a decisão não precisa ser tomada neste momento.

— Depois do prazo da licença, ele ainda poderia faltar às sessões, ainda teria muito prazo para se decidir. Não é algo para ser decidido agora, ele pode cumprir este prazo até o fim — completou.

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