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Senado amplia fatura para acerto com Temer

Cúpula do PMDB do Senado considera que pode haver entendimento em torno da proposta de Temer de alçar Romero Jucá para primeiro-vice-presidente do partido


	Vice-presidente Michel Temer: iniciativa de Temer em buscar um acordo com o PMDB do Senado tem como objetivo desmobilizar o lançamento de potenciais candidatos na convenção do partido
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Vice-presidente Michel Temer: iniciativa de Temer em buscar um acordo com o PMDB do Senado tem como objetivo desmobilizar o lançamento de potenciais candidatos na convenção do partido (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 16 de janeiro de 2016 às 08h00.

Brasília - Integrantes da cúpula do PMDB do Senado consideram que poderá haver um "entendimento" em torno da proposta feita pelo o vice-presidente da República, Michel Temer, de alçar o senador Romero Jucá (PMDB-RR) para a vaga de primeiro-vice-presidente da legenda.

Desde que seja debatida a possibilidade de ampliação dos espaços do grupo dentro da estrutura partidária, atualmente sob o domínio do vice.

A iniciativa de Temer em buscar um acordo com o PMDB do Senado tem como objetivo desmobilizar o lançamento de potenciais candidatos na convenção do partido, prevista para março. Temer ocupa a presidência do PMDB desde 2001 e tem trabalhado para ser reconduzido ao posto. No fim deste mês, ele deverá visitar os principais Estados em busca de apoio.

"Acho que é possível fazer um entendimento. A disputa entre nós pode até servir para os nossos adversários, mas não serve nem a nós, senadores, nem ao PMDB", disse o líder do PMDB, Eunício Oliveira (CE), de férias nos Estados Unidos. Segundo ele, assim como fez com Jucá, Temer também telefonou nos últimos dias para ele sinalizando o desejo de mantê-lo como tesoureiro da legenda.

Nos cálculos de integrantes do partido, caso avance o acordo da chapa única em torno do vice, as principais lideranças do Senado permaneceriam em postos de destaque no período de curto prazo. Para o próximo ano, Eunício tem costurado um acordo para assumir a presidência do Senado no lugar do atual presidente, Renan Calheiros (PMDB-AL), que encerra o mandato no comando da Casa em 2017.

Espaço

A tendência é que a vaga deixada por Eunício na liderança seja ocupada pelo próprio Renan. Nesse desenho não haveria espaço para Romero Jucá, que, em contrapartida, passaria a ser contemplado com o cargo de primeiro- vice-presidente nacional do PMDB.

Apesar da sinalização de um possível "armistício", os senadores do partido ainda pretendem se reunir com outras lideranças como o ex-presidente José Sarney e o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, para baterem o martelo.

A tendência, porém, é de que nas negociações Temer seja pressionado a ceder espaços dentro da estrutura do partido, principalmente nos cargos ocupados por peemedebistas ligados ao vice que não detêm mandato. Entre as cadeiras em que os senadores estão de olho está a da Fundação Ulisses Guimarães, presidida pelo ex-ministro Moreira Franco, responsável por conduzir os projetos de formação partidária do PMDB.

Além da ampliação de espaços, um outro problema deve atrapalhar os planos de Temer. O atual primeiro-vice-presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), já avisou a pessoas próximas que, se for reeditada a chapa para a presidência do partido encabeçada por Temer, ele vai pleitear permanecer no mesmo cargo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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