Brasil

Sempre demos liberdade para a PF investigar, diz Dilma

Dilma disse que em qualquer empresa pode haver pessoas que pratiquem malfeitos, e destacou que atual governo nunca tirou liberdade da PF de investigar denúncias

Dilma: ela comentou acusações da oposição ao governo em relação à Petrobras (Ichiro Guerra/Dilma 13)

Dilma: ela comentou acusações da oposição ao governo em relação à Petrobras (Ichiro Guerra/Dilma 13)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de setembro de 2014 às 21h50.

Rio de Janeiro - A presidente Dilma Rousseff defendeu hoje (15) as investigações da Polícia Federal (PF) no caso de corrupção envolvendo a Petrobras.

Ela disse que em qualquer empresa pode haver pessoas que pratiquem malfeitos, e destacou que o atual governo nunca tirou a liberdade da PF de investigar as denúncias.

“Em qualquer lugar, em qualquer empresa, têm pessoas que fazem malfeitos. O que você tem que fazer é investigar. Quem joga corrupção para baixo do tapete, quem não investiga, não descobre. Eu quero lembrar que tudo o que está ocorrendo, que está sendo revelado sobre a Petrobras, foi investigado pela Polícia Federal, um órgão do governo federal vinculado ao Ministério da Justiça. Portanto, nós sempre demos extrema liberdade para a Polícia Federal fazer todas as investigações”, disse Dilma.

A presidente lembrou que o governo adotou diversas ações para aumentar o nível de transparência e investigação, incluindo a escolha de procuradores independentes do Ministério Público Federal (MPF).

“Nunca escolhemos um procurador que não fosse o que o Ministério Público [Federal] colocasse na sua lista. Nós nunca escolhemos um engavetador geral da União. Nunca engavetamos um processo. Criamos um Portal da Transparência. Todo o gasto do governo federal vai para a internet logo que é feito, no máximo em 24 horas. Criamos a Lei de Acesso à Informação, que assegura ao cidadão brasileiro pleno acesso às informações do governo. Criamos a Lei da Ficha Limpa e criamos a lei que pune tanto os corruptores quanto os corruptos”, disse ela.

Dilma comentou também as reiteradas declarações dos candidatos Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (PSB), que vêm levantando acusações ao governo em relação à Petrobras.

Aécio tem dito que pretende “reestatizar” a companhia, retirando-a do controle do PT, e Marina falou, na última semana, que o PT havia colocado o ex-diretor Paulo Roberto Costa para “assaltar” a Petrobras.

“Um candidato que fala que vai reestatizar é aquele que quis privatizar. Quiseram até trocar o nome de Petrobras para Petrobrax. Lamento o que falou a outra candidata, até porque dos 12 anos aos quais ela se refere, [em] oito ela estava no governo como eu, e o resto dos anos, ela estava no Senado. Eu acho que aquilo é uma fala que não é de muito alto nível. Lamento aquela fala”, acrescentou.

A presidente falou com os jornalistas após participar do lançamento do livro Um País Chamado Favela, de Celso Athayde e Renato Meirelles, com dados sobre a população favelada no país.

O evento aconteceu sob o Viaduto Negrão de Lima, no bairro de Madureira, tradicional ponto de resistência cultural, na zona norte da cidade, sede da Central Única das Favelas (Cufa).

Acompanhe tudo sobre:Capitalização da PetrobrasCorrupçãoDilma RousseffEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEscândalosEstatais brasileirasFraudesGás e combustíveisIndústria do petróleoPersonalidadesPetrobrasPetróleoPolícia FederalPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Brasil

Justiça nega pedido da prefeitura de SP para multar 99 no caso de mototáxi

Carta aberta de servidores do IBGE acusa gestão Pochmann de viés autoritário, político e midiático

Ministra interina diz que Brasil vai analisar decisões de Trump: 'Ele pode falar o que quiser'

Bastidores: pauta ambiental, esvaziamento da COP30 e tarifaço de Trump preocupam Planalto