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Semana teve depoimento decisivo na CPI e negociação sobre combustíveis

Os destaques dos últimos dias incluem discursos marcantes na CPI da Covid, discussões sobre a alta dos combustíveis e mais conversas sobre precatórios

Semana em Brasília teve decisões do governo que não repercutiram bem  (Ueslei Marcelino/Reuters)

Semana em Brasília teve decisões do governo que não repercutiram bem (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Alessandra Azevedo

Publicado em 1 de outubro de 2021 às 16h08.

O impasse dos precatórios da União ainda está longe de ser definitivamente resolvido, mas a comissão especial que discute o assunto, instalada no dia 22, começou os trabalhos nesta semana. Enquanto isso, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sinaliza que pautará um projeto para diminuir o preço dos combustíveis.

A CPI da Covid, nos últimos dias, teve depoimentos importantes, com destaque para a advogada Bruna Morato, que representa médicos que trabalharam para a Prevent Senior. Além das irregularidades denunciadas por ela, o colegiado também ouviu dois bolsonaristas: Luciano Hang, dono das lojas Havan, e o empresário Otávio Fakhoury. 

Veja os principais destaques da semana:

CPI da Covid

Nesta semana, a CPI avançou nas investigações sobre irregularidades cometidas pela Prevent Senior durante a pandemia. Segundo a advogada Bruna Morato, que representa médicos que trabalharam na operadora de saúde, a empresa prescrevia medicamentos sem eficácia como parte de um acordo feito com o governo federal para validar a tese de que a doença era tratável e que a economia não precisava parar.

A comissão também teve momentos marcantes durante o depoimento de Otávio Fakhoury, com a reação do senador Fabiano Contarato (Rede-ES) a uma postagem homofóbica do empresário. A fala do parlamentar viralizou nas redes sociais. Contarato pediu para que a Polícia Legislativa investigue Fakhoury por homofobia. 

Combustíveis

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), negocia com o governo federal e com parlamentares formas de diminuir o preço dos combustíveis. Ele conversou com o presidente Jair Bolsonaro e com o ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre o assunto nesta sexta-feira, 1º. 

Entre as ideias, está a aprovação de uma proposta, enviada pelo governo, que fixa o valor do ICMS. O argumento do presidente da Câmara, assim como de Bolsonaro, é que a culpa do combustível caro é dos impostos estaduais. O assunto será debatido com líderes partidários.

Precatórios

A solução para os precatórios continua indefinida, mas a comissão especial que discute a PEC que sugere parcelar valores altos começou a funcionar, de fato, nesta semana. Os deputados fizeram audiência pública e ainda pretendem ouvir o ministro Paulo Guedes; o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux; e o ministro Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União (TCU). 

A União deverá arcar com uma conta de 89,1 bilhões em precatórios em 2022. Nesta sexta-feira, 1º, Guedes disse que “vamos ter que escolher entre pagar os mais vulneráveis e pagar os 'superprecatórios'”. Segundo ele, o governo está “esperando essa orientação do Supremo”. 

Auxílio-gás

A Câmara aprovou o projeto que cria o auxílio-gas, uma ajuda a famílias de baixa renda para a compra de gás de cozinha. O valor do benefício será fixado semestralmente e corresponderá a pelo menos metade da média do preço nacional de um botijão de 13 kg de GLP. O texto ainda precisa passar pelo Senado.

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