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Semana deve ser marcada por reforma ministerial e mudanças partidárias

São esperadas até 10 exonerações em ministérios para que os chefes das pastas possam concorrer a algum cargo nas eleições de outubro

Vista aérea do Congresso Nacional em Brasília (Ueslei Marcelino/Reuters)

Vista aérea do Congresso Nacional em Brasília (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Alessandra Azevedo

Publicado em 28 de março de 2022 às 06h00.

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A semana começa com a perspectiva de anúncios do presidente Jair Bolsonaro em relação à reforma ministerial. São esperadas até 10 exonerações em ministérios para que os chefes das pastas possam concorrer a algum cargo nas eleições de outubro. O prazo para desincompatibilização é até sábado, 2, faltando seis meses para o pleito.

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Entre os ministros que devem deixar os postos estão Tarcísio de Freitas, da Infraestrutura; Tereza Cristina, da Agricultura; Rogério Marinho, do Desenvolvimento Regional; Flávia Arruda, da Secretaria de Governo; e Damares Alves, da Mulher, Família e Direitos Humanos. As vagas devem ser ocupadas, em maioria, pelos atuais secretários-executivos.

Esta também é a última semana da janela partidária, período em que políticos podem deixar os partidos e se filiar a outros sem punições. O troca-troca mudou a configuração da Câmara nos últimos dias. Mais de 50 deputados já mudaram de sigla. A bancada do PL, do presidente Bolsonaro, foi a que mais cresceu. 

Na segunda-feira, 28, o ministro Tarcísio de Freitas e a ministra Damares Alves devem se filiar ao Republicanos, para que possam concorrer às eleições. O ministro da Infraestrutura deve tentar o governo de São Paulo, enquanto o mais provável para Damares é que tente uma vaga na Câmara.

Há expectativa em relação ao destino político do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), que tem conversado com o PSD e deve definir esta semana se troca de partido. Existe a possibilidade de que ele seja candidato à Presidência da República pela nova legenda, mas essa configuração ainda não está certa e pode ser que ele continue no PSDB.

No Congresso, a Comissão de Educação deve ouvir, na quinta-feira, 31, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, que precisará explicar o áudio vazado à Folha de S.Paulo, no qual diz que favorece indicações de pastores na destinação de verbas públicas da pasta, a pedido de Bolsonaro. 

Além disso, o relator do projeto de lei das Fake News, Orlando Silva (PCdoB-SP), deve conversar na terça-feira, 29, com o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), para receber sugestões do Executivo para melhorar o texto. Não há previsão de votação da matéria.

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