EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 11 de dezembro de 2013 às 15h52.
São Paulo – Após duas horas de caminhada e duas horas de espera, cerca de 3 mil manifestantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), segundo estimativa da Polícia Militar, saíram da frente da sede da prefeitura de São Paulo, no Viaduto do Chá, e seguiram em direção ao prédio da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), na rua Boa Vista.
O movimento criticou o fato de o prefeito Fernando Haddad não ter recebido uma comissão para negociar.
“Hoje não quiseram receber o povo, amanhã, depois, na virada do ano, [a cidade] vai amanhecer coberta de lona preta em todo terreno vazio”, disse Guilherme Boulos, integrante do MTST.
Procurada pela Agência Brasil, a prefeitura de São Paulo informou que vem sempre mantendo um canal de diálogo com o movimento, mas que hoje não havia nenhuma reunião programada e, por isso, eles não foram recebidos.
Por meio de nota à imprensa, a Secretaria Municipal de Habitação informou que mantém um canal de diálogo aberto e permanente com os movimentos de moradia. “Em 12 meses, foram mais de 300 reuniões entre associações e lideranças de movimento”, diz a nota, acrescentendo que a secretaria vai entregar 55 mil unidades habitacionais até 2016.
“Hoje, são 24 mil unidades em obras ou prestes a iniciar”, informou.
A secretaria também informou que atende provisoriamente cerca de 32 mil famílias. “Isso corresponde a cerca de R$ 70 milhões gastos por ano, o que possibilitaria a construção de mil unidades habitacionais. O objetivo é viabilizar o máximo de unidade e entregar as unidades para liberar os auxílios para outras famílias”, diz a nota.
A Marcha por Moradia Digna e Contra os Despejos começou no vão-livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp) às 8h da manhã. Por volta das 14h, os manifestantes saíram do Viaduto do Chá em direção ao prédio da CDHU. Uma comissão aguarda para ser recebida por representantes do órgão.