Brasil

Sem teto protestam em frente à Companhia de Habitação de SP

O movimento reivindica o repasse de verba prevista para o andamento de obras executadas em parceria com o governo federal, pelo Programa Minha Casa, Minha Vida


	A presidente Dilma Rousseff visita unidade habitacional do Minha Casa, Minha Vida: Jussara explicou que as unidades serão construídas por meio do programa, criado em 2009
 (Roberto Stuckert Filho/PR)

A presidente Dilma Rousseff visita unidade habitacional do Minha Casa, Minha Vida: Jussara explicou que as unidades serão construídas por meio do programa, criado em 2009 (Roberto Stuckert Filho/PR)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de março de 2013 às 19h29.

São Paulo – Cerca de 300 militantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), de acordo com a Polícia Militar, fizeram uma manifestação hoje (21) em frente ao prédio da Companhia de Habitação e Desenvolvimento Urbano (CDHU) para cobrar do órgão providências para o cumprimento de acordos firmados com o movimento.

O movimento reivindica o repasse de verba prevista para o andamento de obras executadas em parceria com o governo federal, pelo Programa Minha Casa, Minha Vida. Parte do grupo chegou a ocupar o saguão do prédio.

De acordo com uma das representantes do MTST, Jussara Bastos dos Santos, o grupo reclama o valor previsto para a construção de 850 casas no Jardim Salete, em Taboão da Serra, na região metropolitana de São Paulo.

“Nós dependemos da assinatura de um contrato pelo presidente da CDHU, Antonio Carlos do Amaral Filho. O trabalho de terraplanagem está feito, começamos o trabalho de fundação, mas dependemos da assinatura desse contrato”.

Jussara explicou que as unidades serão construídas por meio do Minha Casa, Minha Vida Entidades, criado pelo governo federal em 2009 para dar acesso à moradia às famílias organizadas por meio de cooperativas habitacionais. Podem participar famílias com renda mensal de até R$ 1.600.

A cooperativa fica responsável por gerir a obra. “Estamos dependendo da assinatura para que a Caixa repasse a verba para a continuidade da obra. Esse valor será devolvido quando as famílias começarem a pagar as prestações”.


A CDHU informou, por meio de nota, que uma comissão dos manifestantes foi recebida pelo secretário-adjunto da Habitação, Marcos Penido, e pelo diretor-presidente da CDHU, Antonio Carlos do Amaral Filho, que esclareceram ao movimento que não houve e nem haverá descumprimento dos acordos firmados.

“Trata-se de uma modelagem inédita de parceria para a produção de moradias que envolve os governos federal e estadual, além do próprio movimento. Em contato telefônico com líderes do movimento na data de ontem, o secretário-adjunto da Habitação, Marcos Penido, já havia esclarecido o estágio dos trâmites e assegurado que em dois dias as pendências para assinatura do contrato em questão estariam resolvidas. Porém, lamentavelmente ocorreu na data de hoje a ocupação tumultuada do saguão de entrada de um edifício de administração do Governo do Estado”.

Segundo a CDHU, o MTST já vem sendo atendido pelo órgão em projetos habitacionais nos municípios de Taboão da Serra e Itapecerica da Serra. Além disso, famílias indicadas pelo movimento recebem auxílio-moradia até que tenham uma habitaçãodefinitiva.

“A CDHU reafirma que mantém um diálogo aberto com todos os movimentos de moradias do estado, com os quais já desenvolve diversos projetos para atender as demandas apresentadas pelas entidades”.

Acompanhe tudo sobre:BurocraciaCasa própriaPolítica no BrasilProtestos

Mais de Brasil

Censo 2022: Rocinha volta a ser considerada a maior favela do Brasil

Censo 2022: favelas de São Paulo ganharam quase um milhão de moradores nos últimos 12 anos

Pretos e pardos representam 72,9% dos moradores de favelas, indica Censo

Censo 2022: veja o ranking das 20 favelas mais populosas do Brasil