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Sem-Teto invadem sede de dona da Copa do Povo

Cerca de mil manifestantes invadiram a recepção da sede da Viver Incorporadora e Construtora, na Vila Olímpia


	Homem salta barricada de pneus feita por manifestantes do MTST em Itaquera, durante o protesto da semana passada
 (REUTERS/Nacho Doce)

Homem salta barricada de pneus feita por manifestantes do MTST em Itaquera, durante o protesto da semana passada (REUTERS/Nacho Doce)

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Da Redação

Publicado em 20 de maio de 2014 às 20h38.

São Paulo - Cerca de mil manifestantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) invadiram nesta terça-feira, 20, a recepção da sede da Viver Incorporadora e Construtora, na Vila Olímpia, zona sul de São Paulo.

A empresa é proprietária do terreno de 150 mil m² em Itaquera, na zona leste, onde 4 mil famílias estão acampadas desde o início de abril, na chamada "Copa do Povo".

Essa foi a quarta vez que o MTST invade a sede de uma construtora em 12 dias. Ao contrário dos outros atos, não houve depredação.

Após os sem-teto passarem cerca de uma hora na portaria do edifício, coordenadores do movimento foram recebidos por representantes da Viver.

Segundo o MTST, o presidente da empresa não estava na cidade e, por isso, uma nova reunião foi marcada para a tarde desta quarta-feira.

A Viver não confirmou a reunião e disse, em nota, que já "tomou as medidas cabíveis em relação à invasão de terreno de sua propriedade em Itaquera e só se pronunciará no próximo dia 23, em audiência definida pela Justiça".

Para Guilherme Boulos, um dos líderes do movimento, o ato teve resultado. "Havia uma porta fechada de interlocução, porque a empresa tinha apostado em uma solução violenta de reintegração de posse. A partir de hoje (ontem), as portas novamente se abriram", disse.

Por causa do ato, funcionários não conseguiram entrar no prédio depois do almoço e algumas empresas que funcionam no edifício encerraram o expediente mais cedo.

Depois do protesto, coordenadores do MTST tiveram uma reunião na Assembleia Legislativa de São Paulo com representantes das três esferas de poder para discutir a possibilidade de desapropriação do terreno para a construção de moradias.

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