Brasil

Sem resultados na defesa da democracia, Brasil deixa Celac, diz Araújo

O ministro anunciou que o país suspendeu sua participação na Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos

Ernesto Araújo: ministro fez anúncio sobre saída da Celac pelo Twitter (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Ernesto Araújo: ministro fez anúncio sobre saída da Celac pelo Twitter (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

R

Reuters

Publicado em 16 de janeiro de 2020 às 18h30.

A falta de resultados na defesa da democracia fez com que o Brasil decidisse suspender sua participação na Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), disse nesta quinta-feira o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, em sua conta no Twitter.

De acordo com o chanceler, também contribuiu para a decisão o que ele chamou de um "palco" que a entidade se tornou para governos autoritários.

"O Brasil decidiu suspender sua participação na Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos). A Celac não vinha tendo resultados na defesa da democracia ou em qualquer área. Ao contrário, dava palco para regimes não-democráticos como os da Venezuela, Cuba, Nicarágua", escreveu o ministro na rede social.

"O Brasil reforça sua determinação de trabalhar com todas as democracias da região (seja bilateralmente, seja na OEA, no Prosul ou no Mercosul) por uma agenda de liberdade, prosperidade, segurança e integração aberta", acrescentou.

A Celac foi criada no final de 2011 para englobar todos os países das Américas, exceto Estados Unidos e Canadá, e, à época de sua formação, líderes de esquerda da região, como o então presidente da Venezuela, Hugo Chávez, apontaram que a Organização dos Estados Americanos (OEA), outro órgão regional, visava satisfazer Washington.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaCaribeErnesto Araújo

Mais de Brasil

Acidente com ônibus escolar deixa 17 mortos em Alagoas

Dino determina que Prefeitura de SP cobre serviço funerário com valores de antes da privatização

Incêndio atinge trem da Linha 9-Esmeralda neste domingo; veja vídeo

Ações isoladas ganham gravidade em contexto de plano de golpe, afirma professor da USP