Michelle Bolsonaro e Jair Bolsonaro (EVARISTO SA / AFP)/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 13 de maio de 2024 às 11h14.
Última atualização em 13 de maio de 2024 às 11h34.
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro é a candidata com mais intenções de votos para enfrentar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2026 se o ex-presidente Jair Bolsonaro não puder concorrer, indica pesquisa Genial/Quaest.
Michelle foi apontada por 28% dos entrevistados, seguida pelos governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (24%); do Paraná, Ratinho Júnior (10%); de Minas Gerais, Romeu Zema (7%); e de Goiás, Ronaldo Caiado (5%).
Entre os possíveis candidatos, Michelle foi a mais indicada no Nordeste (31%), no Sul (26%) e no Centro-Oeste/Norte (33%). No Sudeste, Tarcísio (33%) foi o vencedor.
Caso Bolsonaro apoie Tarcísio em 2026, em uma disputa com Lula, a maioria dos entrevistados (46%) sinalizou que votaria no atual presidente - contra 40% que escolheriam o governador de São Paulo.
Entre os que afirmaram que não conhecem Tarcísio, 55% indicaram que votariam em Lula, mas 24% disseram que ainda assim optariam pelo governador.
No recorte pelo voto no segundo turno de 2022, 37% dos que votaram branco, anularam ou não foram votar escolheriam Tarcísio, 32% Lula e 23% voltariam a votar em branco anular ou se abster.
Lula receberia 50% dos votos femininos consultados e 43% dos masculinos. Já Tarcísio, 33% dos votos femininos e 46% dos masculinos. O atual presidente sairia vitorioso entre os católicos (54%), mas perderia entre os evangélicos (33%).
Na análise por regiões, Lula só sairia vitorioso no Nordeste (66%). Tarcísio registraria preferência no Sudeste (45%), Sul (46%) e Centro-Oeste/Norte (43%).
Nos grupos por salários, Lula teria maioria entre os que recebem até dois salários mínimos (58%) e entre dois e cinco salários mínimos (45%). Entre os que recebem mais de cinco salários mínimos, a preferência seria por Tarcísio, com 50% dos entrevistados.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não merece mais uma chance como presidente em 2026 para 55% da população, segundo a pesquisa, cerca de dois anos e quatro meses do próximo pleito. A opinião é majoritária tanto entre os homens (59%) quanto entre as mulheres (52%).
São 42% os que afirmam, em contrapartida, que Lula merece uma nova chance. O presidente tem apoio para um novo mandato no Nordeste (60%), entre os que estudaram até o ensino fundamental (54%) e os que recebem até dois salários mínimos (54%). Entre os que votaram em Lula no segundo turno da eleição de 2022 essa também é a opinião majoritária (74%).
No critério por idade, a avaliação de que o presidente não merece um novo mandato é majoritária entre os grupos de 16 a 34 anos (57%) e de 35 a 59 anos (57%). No intervalo de 60 anos ou mais, a opinião foi expressa por 48% dos consultados, mesma porcentagem dos que apoiam uma nova chance.
O Sudeste é a região com maior rejeição a um novo mandato do presidente, 63%, seguido pelo Sul (59%) e Centro-Oeste/Norte (58%). Na análise por escolaridade, a opinião contrária a uma nova chance é majoritária entre os que têm ensino médio completo ou incompleto (61%) e ensino superior incompleto ou mais (63%). A maior oposição na divisão por renda foi registrada entre os que receberam mais de cinco salários mínimos, 66%.
No grupo que considera dar mais um mandato para o presidente Lula, 86% avaliam o atual governo como positivo. Já naqueles que são contra uma reeleição do petista, apenas 11% avaliam a atual gestão como positiva.
A pesquisa Genial/Quaest realizou 2.045 entrevistas presenciais e tem margem de erro estimada de 2,2 pontos porcentuais. A coleta ocorreu entre os dias 2 e 6 de maio, com brasileiros com 16 anos ou mais, em todos os Estados.