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Selic em 2015 fica menor na projeção da Focus

A taxa básica de juros encerrará 2015 em 11,25% ao ano, segundo a projeção


	Sede do Banco Central: esta é a quarta vez consecutiva que os analistas revisam a Selic para baixo
 (João Ramid/Veja)

Sede do Banco Central: esta é a quarta vez consecutiva que os analistas revisam a Selic para baixo (João Ramid/Veja)

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Da Redação

Publicado em 22 de setembro de 2014 às 09h35.

Brasília - O relatório de mercado Focus mostrou mais uma vez uma diminuição da projeção para a Selic ao final do ano que vem. Segundo as instituições consultadas, a taxa básica de juros encerrará 2015 em 11,25% ao ano, e não mais em 11,50% ao ano, como era aguardado na semana passada.

Esta é a quarta vez consecutiva que os analistas revisam para baixo as projeções para essa variável. Um mês atrás, a mediana das estimativas para a Selic estava em 12,00% ao ano. Com isso, a taxa de juros média de 2015 foi reduzida de 11,36% para 11,31% ao ano. Quatro semanas atrás estava em 11,69% ao ano.

Para este ano, porém, nada mudou. O mercado continua prevendo uma variação de 11,00% para a taxa básica - mesmo nível atual. Há 16 semanas, a mediana das estimativas segue neste patamar. Da mesma forma, não houve variação da mediana para a Selic média deste ano, que está em 10,91% ao ano também há 16 semanas.

O mercado financeiro diminuiu a previsão para o déficit em transações correntes em 2014, que estava em US$ 81,60 bilhões na semana passada.

Conforme revelou a pesquisa semanal Focus realizada pelo Banco Central (BC), a mediana das estimativas ficou em US$ 81,20 bilhões agora, ainda mais distante dos US$ 81,90 bilhões aguardados um mês atrás. Para 2015, houve manutenção da mediana em um patamar negativo de US$ 75,00 bilhões pela quarta semana consecutiva.

Para esses analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED) será insuficiente para cobrir o rombo, já que a mediana das previsões para esse indicador de 2014 segue em US$ 60,00 bilhões há 24 semanas.

Para 2015, no entanto, houve uma piora da perspectiva, já que a mediana passou de um saldo de US$ 57,70 bilhões para US$ 57,00 bilhões de uma semana para outra. Um mês antes, estava em US$ 56 bilhões.

Na mesma pesquisa, os economistas mantiveram a estimativa de superávit comercial em 2014, de US$ 2,40 bilhões, e em 2015, de US$ 9 bilhões. Um mês antes, a mediana para a balança era de US$ 2,50 bilhões para este ano e de US$ 8,00 bilhões para o ano que vem.

IGP-DI

A mediana das previsões do mercado para o IGP-DI deste ano mostrou uma rodada de baixa no relatório de mercado Focus. O ponto central da pesquisa para o índice em 2014 passou de 3,77% para 3,72% - um mês antes, estava em 3,63%. Já para 2015, a taxa voltou para 5,50%, o mesmo nível verificado um mês atrás na semana passada, estava em 5,52%.

No caso do IGP-M não houve variação das estimativas nem para este ano e nem para o próximo. A mediana das projeções apontada pela Focus permaneceu em 3,67% para 2014 ante variação de 3,87% vista há quatro semanas e seguiu em 5,50% para 2015 a taxa de um mês atrás era de 5,54%.

Para o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), a mediana das previsões está em 5,47% ante 5,49% da semana passada e de 5,41% de um mês atrás.

Para 2015, a mediana para o IPC-Fipe subiu de 5,25% para 5,27%, se distanciando ainda mais da variação de 4,91% apontada na pesquisa Focus um mês atrás.

Em relação aos preços administrados, a Focus mostrou manutenção das expectativas. Para 2014, a taxa seguiu em 5,10%, mesmo nível da semana passada e de um mês atrás. Para 2015, a mediana das projeções está congelada em 7,00% há seis semanas.

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