No boletim divulgado pela corporação não há informações sobre a localização precisa da barreira e a motivação dos atos (Pedro Vilela/Getty Images)
Agência O Globo
Publicado em 18 de novembro de 2022 às 12h15.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou, na manhã desta sexta-feira, que seis vias em Rondônia estão bloqueadas por manifestações. Há ainda um ponto de interdição parcial em rodovias federais, mas no boletim divulgado pela corporação não há informações sobre a localização precisa da barreira e a motivação dos atos.
No Rio, o fluxo de carros na BR-116, via Dutra, que liga o estado a São Paulo, chegou a ser interrompido na madrugada na altura do município de Barra Mansa, causando 4 km de congestionamento. No momento, não há bloqueios no local.
Logo após o fim do processo eleitoral a o anúncio da vitória de Luiz Inácio Lula da Silva, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro iniciaram uma série de atos antidemocráticos em estradas em diversos pontos do país. A PRF foi acionada para desobstruir as estradas e desfez 1.156 atos.
Três dias após os bloqueios ilegais começarem, Bolsonaro, derrotado nas eleições de outubro, gravou um vídeo em que pedia a seus apoiadores que liberassem as rodovias federais.
— Quero fazer um apelo a você. Desobstrua as rodovias. Isso aí não faz parte, no meu entender, dessas manifestações legítimas. Não vamos perder nós, aqui, essa nossa legitimidade. Outras manifestações vocês estão fazendo pelo Brasil todo. Em praças. Faz parte, repito, do jogo democrático. Fiquem à vontade — diz Bolsonaro no vídeo, publicado em suas redes sociais.
No último dia 9 deste mês, a PRF informou que todas as rodovias federais estavam livres de interdições.
Nesta quinta-feira, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou o bloqueio das contas bancárias de 43 empresários e empresas suspeitos de financiarem atos antidemocráticos realizados na última semana. Em sua decisão, o ministro ainda mandou a Polícia Federal colher o depoimento dos alvos em um prazo de dez dias.
Em sua decisão, Moraes aponta que a Polícia Rodoviária Federal informou que "empresários estariam financiando os atos antidemocráticos sob análise, com fornecimento de estrutura completa (refeições, banheiros, barracas, etc.) para a manutenção do abuso do direito de reunião, além do fornecimento de diversos caminhões para o reforço da manifestação criminosa".
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