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Segurança no metrô não vai mudar, mesmo após morte em estação

Chefe de segurança do metrô afirmou que o esquema de rondas não vai ser alterado, mesmo depois de dois jovens agredirem um ambulante na linha vermelha

Linha vermelha do metrô: seguranças trabalham em esquema de rondas, o que significa que não há patrulhamento simultâneo em todas as estações (LeoMSantos)

Linha vermelha do metrô: seguranças trabalham em esquema de rondas, o que significa que não há patrulhamento simultâneo em todas as estações (LeoMSantos)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de dezembro de 2016 às 14h59.

São Paulo - O chefe do Departamento de Segurança do Metrô, Rubens Menezes, informou que o esquema de rondas existente nas estações de metrô, estratégia adotada para manter a segurança em toda a rede, deve ser mantido mesmo após o caso de agressão dentro da estação Pedro 2º, da linha 3-vermelha, que vitimou o ambulante Luiz Carlos Ruas, de 54 anos, no último dia 25.

Em entrevista à Rádio Estadão, na manhã desta quarta-feira, 28, Menezes disse que esse tipo de ocorrência não é comum dentro do sistema e que o último homicídio registrado em uma estação de metrô ocorreu em 2012.

Ele descartou a possibilidade de uma revisão no esquema de segurança com base no caso da agressão do dia 25 pelo fato de ela ter se iniciado fora da estação.

"Eu teria de olhar para fora do metrô. Como o problema aconteceu fora do metrô e começou a vir para dentro, eu teria de olhar para fora. Esse tipo de agressividade, de comportamento, não é previsível. Nós conseguimos fazer ações preventivas para aquilo que você consegue medir. Tenho o controle do que acontece dentro do sistema, o que acontece fora, na rua, não é possível controlar. De todo modo, a gente sempre está atento", afirmou.

Ele admitiu que não havia seguranças na estação no momento da ocorrência e que, ao todo, os agentes demoraram seis minutos para chegar ao local.

"O Metrô trabalha com sistema de rondas pelas estações. No exato momento da agressão, não tínhamos ronda naquela estação, mas tínhamos na estação vizinha e quando o pessoal operacional da estação observou o início das agressões, entrou em contato com o centro de operações do Metrô, que acionou o centro de controle de segurança. Em seis minutos, nós já estávamos atendendo aquela ocorrência. A agressão deve ter demorado uns dois minutos, mais ou menos, a segurança chegou, então, descontando esse tempo, em quatro minutos. Do acionamento até lá, seis minutos."

Menezes diz que o tempo médio para atendimento de uma ocorrência dentro das estações costuma ser de seis minutos. "Se não tivermos dupla na estação, nós temos na estação vizinha. Então, é apenas o deslocamento da dupla para a estação em que está acontecendo o fato."

Ele afirmou que, de todas as ocorrências de 2015, as equipes de segurança fizeram a prisão de 74% dos autores. Neste ano, até outubro, 63% dos autores foram presos.

Estudo

Apesar de não falar em remodelamento do esquema de segurança, Menezes afirma que o caso será analisado.

"Sempre que temos alguma ocorrência, ela faz parte de uma análise científica que é feita para tentarmos implementar medidas que evitem que o problema ocorra novamente. Tudo isso, obviamente, é estudado."

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