Suzano: até agora, há dez mortos e nove feridos (Amanda Perobelli/Reuters)
Clara Cerioni
Publicado em 13 de março de 2019 às 15h33.
Última atualização em 13 de março de 2019 às 15h52.
São Paulo — Em entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (13), o secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, João Camilo Pires, relatou que a força tática da Polícia Militar estava a dez metros dos assassinos em Suzano, quando eles se suicidaram.
De acordo com o secretário, os dois atiradores estavam prestes a entrar em uma sala com dezenas de alunos.
"Ao final, no fundo do colégio, os agressores se depararam com a força tática da Polícia Militar. Eles estavam prestes a entrar em uma sala com dezenas de alunos. Foi quando cometeram o suicídio", afirmou.
Pires esclareceu que não está claro se um atirou e depois se matou. "Mas eles não conseguiram entrar nessa segunda sala", concluiu.
Na coletiva, o secretário revelou que os dois atiradores são Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e Henrique de Castro, de 25 anos.
Ambos são antigos alunos da escola estadual Professor Raul Brasil. O mais novo, segundo o secretário, estudou no colégio até o ano passado.
Segundo o secretário, ainda não se sabe a motivação do crime. "É a grande busca: qual foi a motivação dos antigos alunos", disse. Buscas na casa dos assassinos aconteceram e recolheram pertences deles.
Os dois aparentemente foram recebidos por Marilena Ferreira Vieira Umezo, coordenadora pedagógica, afirmou o secretário de Segurança. Não se sabe se os assassinos chegaram à escola encapuzados.
O comandante-geral da Polícia Militar, Marcelo Salles, informou que os dois adolescentes autores dos tiros usaram um revólver calibre 38 e uma arma medieval semelhante a um arco e flecha.
Durante a entrevista coletiva, o secretário Pires disse que a característica desse tipo de massacre é "atirar de forma aleatória procurando aumentar o dano".
Ele acrescentou que uma machadinha foi encontrada com uma dos assassinos.
Até agora, há dez vítimas fatais.
Marilena Ferreira Vieira Umezo, coordenadora pedagógica
Eliana Regina de Oliveira Xavier, funcionária da escola
Pablo Henrique Rodrigues, aluno
Cleiton Antonio Ribeiro, aluno
Caio Oliveira, aluno
Samuel Melquíades Silva de Oliveira, aluno
Douglas Murilo Celestino, aluno
Jorge Antonio de Moraes, comerciante, morto antes da entrada dos assassinos na escola; ele é tio de Guilherme, um dos assassinos.
Os nove feridos são:
Leticia Melo Nunes
Samuel Silva Felix
Beatriz Gonçalves
Anderson Carrilho de Brito
Murilo Gomes Louro Benite
Jennifer Silva Cavalcanti
Leonardo Vinicius Santana
Adna Bezerra
Guilherme Ramos