O secretário Especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, durante entrevista após reunião com o ministro da Justiça, Sérgio Moro. (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 23 de março de 2019 às 18h12.
Última atualização em 23 de março de 2019 às 18h13.
Brasília — Enquanto os presidentes da República, Jair Bolsonaro, e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), continuaram trocando farpas em declarações à imprensa neste sábado, o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, continua tentando apaziguar as relações entre o Executivo e o Legislativo. "Estamos todos ajudando a distensionar", disse Marinho na tarde deste sábado.
O ex-deputado foi escalado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, como o cara do governo para a reforma da Previdência, justamente pela habilidade de negociação política que Marinho demonstrou ao relatar a reforma trabalhista aprovada em 2017 no governo Temer.
As alfinetadas entre Maia e Bolsonaro - além do entorno do presidente, como seu filho Carlos - durante toda a semana ampliaram o temor do mercado sobre a desarticulação política do Planalto com o Parlamento, que poderia colocar em risco a aprovação da reforma previdenciária.
De acordo com o jornal O Globo, Marinho disse a empresários em um evento neste sábado no Guarujá (SP) que o "mundo caiu" na sexta-feira, após a elevação do tom das críticas cruzadas entre Bolsonaro e Maia. No evento, o secretário admitiu que o processo de negociação sobre a reforma "deu uma degringolada".