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Secretário-geral da OEA pede reunião urgente sobre crise na Venezuela

O secretário-geral disse ainda que o governo Maduro tem mostrado total incapacidade em garantir as necessidades da população

Almagro ressaltou os esforços de quase todos os países do continente em receber os venezuelanos (Luisa Gonzalez/Reuters)

Almagro ressaltou os esforços de quase todos os países do continente em receber os venezuelanos (Luisa Gonzalez/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 20 de agosto de 2018 às 14h52.

O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luís Almagro, divulgou no início da tarde de hoje (20) documento em que solicita uma reunião de urgência do Conselho Permanente da instituição, para que se debata a crise migratória na Venezuela.

No documento, publicado na página do Twitter de Almagro, ele solicita que a crise humanitária e democrática da Venezuela, e a consequente questão dos migrantes, seja discutida em um prazo máximo de duas semanas.

"A situação por si só é desesperadora pela falta de acesso a direitos sociais básicos por parte do povo venezuelano; o colapso da saúude, da educação, da segurança, das capacidades públicas de prover água e eletricidade e de atender as condições mínimas que a sociedade exige para sobreviver", disse Almagro, na carta endereçada á Rita Hernández Bolaños, atual presidente do Conselho Permanente da OEA.

Almagro ressaltou ainda os esforços de quase todos os países do continente e de alguns países europeus em "receber os migrantes venezuelanos e atender suas necessidades".

O secretário-geral disse ainda que o governo de Nicolás Maduro tem mostrado "incapacidade absoluta" para assegurar as necessidades da população. E afirma que o problema deve ser tema de discussões multilaterais e coletivas.

Algumas horas antes, também em sua página no Twitter, Almagro escreveu que "na Venezuela, o regime matou manifestantes e membros da oposição e continua a torturar, deter e violar direitos, conforme documentado no relatório oficial da OEA".

Em maio deste ano, a OEA lançou extenso documento em que alerta para "evidências que apontam para o uso sistemático, tático e estratégico de assassinatos, prisões, tortura, violações e outras formas de violência sexual, como ferramentas para aterrorizar o povo venezuelano em uma campanha planificada para esmagar a oposição ao regime".

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