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Secretário-executivo Eduardo Pazuello assume interinamente Min. da Saúde

Ele é o terceiro nome a passar pelo cargo desde o início da pandemia do novo coronavírus, que já deixou mais de 14 mil mortos no país

Eduardo Pazuello, ministro interino da Saúde (Valter Campanato/Agência Brasil)

Eduardo Pazuello, ministro interino da Saúde (Valter Campanato/Agência Brasil)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 16 de maio de 2020 às 13h37.

Última atualização em 16 de maio de 2020 às 13h52.

O Ministério da Saúde confirmou, esta manhã (16), que o secretário executivo da pasta, Eduardo Pazuello, assumirá interinamente o comando do ministério, substituindo Nelson Teich, que deixou o governo ontem (15).

General do Exército, Pazuello foi nomeado para o segundo cargo mais alto da hierarquia ministerial no último dia 22, após Teich assumir o ministério no lugar de Luiz Henrique Mandetta.

Especialista em Logística, o militar foi coordenador logístico das tropas do Exército durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, além de ter coordenado as operações da Operação Acolhida, que presta assistência aos imigrantes venezuelanos que chegam a Roraima fugindo da crise política e econômica no país vizinho.

Ontem, ao pedir demissão e deixar o governo, o médico Nelson Teich disse que deixou, para quem quer que viesse a sucedê-lo no cargo, um plano de trabalho “pronto para auxiliar os secretários estaduais e municipais a tentar entender o que está acontecendo e pensar próximos passos”.

Teich não entrou em detalhes sobre os motivos de sua saída, mas havia divergências públicas entre ele e o presidente Jair Bolsonaro sobre temas como o distanciamento social e o uso da cloroquina para o tratamento da covid-19. Segundo o ministro-chefe da Casa Civil, Walter Braga Netto, a decisão foi motivada por questões pessoais.

Durante coletiva de imprensa, Netto comentou que o presidente defende formas de enfrentar o novo coronavírus diferentes das que Teich e Mandetta propunham. Segundo o ministro, Bolsonaro é contrário aos “excessos”, defendendo, por exemplo, o isolamento vertical – que estabelece o isolamento social apenas para as pessoas que integrem grupos de risco (idosos, pacientes com diabetes e doenças cardiovasculares) ou que estejam infectadas e o uso da hidroxicloroquina na fase inicial da doença.

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