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Secretário do MA diz a "canalhas" que não vai se "intimidar"

"A maior ORCRIM dos últimos tempos, treme e trama com medo da prisão de outros integrantes. Serão todos presos"

Jefferson Portella, secretário de Segurança Pública (Facebook/Reprodução)

Jefferson Portella, secretário de Segurança Pública (Facebook/Reprodução)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 22 de abril de 2018 às 18h06.

Última atualização em 23 de abril de 2018 às 09h27.

Em forte reação à acusação de que teria coagido investigado a mentir em delação, e em meio à semana da divulgação de documentos que mostram ordens para monitoramento de opositores pela Polícia, o Secretário de Segurança Pública do Maranhão, Jefferson Portella, fez desafios em suas redes sociais. "Aos CANALHAS de todos os naipes: A Polícia do Maranhão não se intimidará".

Portella foi citado em depoimento do soldado Fernando Paiva Moraes Júnior, preso preventivamente em operação que mira contrabando de armas, bebidas e cigarros na capital São Luís.

O agente da PM afirmou que foi levado ao Ministério Público Federal, sem seus advogados, onde teria tido um encontro com o secretário. Durante a reunião, ele teria sido coagido a envolver o nome de um parlamentar nas investigações.

A defesa do soldado ainda moveu queixa-crime contra Portella.

Em sua conta pessoal de Facebook, Portella reagiu. "O Soldado Paiva, preso por integrar a Orcrim, agora se diz coagido a delatar seus comparsas. Será processado por mais um crime".

"A maior ORCRIM dos últimos tempos, treme e trama com medo da prisão de outros integrantes. Serão todos presos", prometeu.

Portella ainda diz que "a organização criminosa identificada e com alguns dos seus membros presos, trama contra o Ministério Público Federal e a SSP/MA".

Crise

O depoimento do soldado representa mais uma etapa de crise que se instaurou no alto escalão da Segurança Pública do Maranhão nesta semana.

Na sexta-feira, 20, foram revelados documentos internos da Polícia de Dino que revelam a existência de determinações para que todos os batalhões da PM espionassem opositores políticos no âmbito das eleições de 2018.

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