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Secretário diz que política de segurança de barragens pode mudar

Alexandre Vidigal reconheceu que pode haver riscos em outras barragens, mas afirmou que seria "irresponsável" indicá-las sem rigoroso exame

Brumadinho: Rompimento de barragem ocorreu três anos após desastre em Mariana (Isac Nobrega/Reuters)

Brumadinho: Rompimento de barragem ocorreu três anos após desastre em Mariana (Isac Nobrega/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 28 de janeiro de 2019 às 15h55.

O secretário de Geologia, Mineração e Transformação Natural do Ministério de Minas e Energia, Alexandre Vidigal, disse hoje (28), que após avaliação do governo federal da tragédia de Brumadinho, a política nacional de segurança de barragens pode ser revista. Ele avalia que os rejeitos não devem chegar à represa de Três Marias.

Segundo o secretário, a tragédia de Brumadinho "se diferencia muito da de Mariana" e não apresenta um quadro preocupante quanto ao risco de rompimentos de outras barragens na região.

A declaração foi dada ao término da primeira reunião do Ministério de Minas e Energia, com dirigentes da Vale, mineradora responsável pela barragem na mina do Córrego do Feijão, que rompeu na última sexta-feira (25), em Brumadinho, região metropolitana de Belo Horizonte.

Alexandre Vidigal reconheceu que pode haver vulnerabilidades em outras barragens, mas que seria "irresponsável" indicá-las sem um rigoroso exame. "Mas também pode não haver. Temos evidências de que o sistema existente funcionava."

Ele disse que eventuais inconsistências entre dados levantados pelos órgãos públicos e a Vale deverão ser estudados.

Ao defender "uma política de transparência", Alexandre Vidigal informou que o governo realizará uma série de reuniões para esclarecer o que de fato ocorreu, inclusive com empreendedores do ramo da mineração. "Precisamos nos tornar, nesse momento, parceiros e evitar futuras tragédias", argumentou.

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