Márcio Holland: ele defendeu que essa seja uma agenda sem volta que não pode encontrar empecilhos (Elza Fiúza/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 22 de setembro de 2014 às 15h41.
Rio de Janeiro - O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland, defendeu, hoje (22), que a agenda de investimentos em infraestrutura seja um dos principais vetores usados pelos próximos governos para estimular o crescimento econômico. Holland participou do seminário Cenário Pós-Eleição, na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). Segundo ele, os investimentos nessa área têm diversos reflexos positivos.
"Esse drive de competitividade se distribui por várias facetas. Atrai investidores estrangeiros, representa investimentos atrativos e lucrativos, resolve gargalos em geral, reduz custos de transação, e, com isso, vamos prestando serviços melhores e reduzindo o impacto sobre o orçamento porque se cria concessões”, disse Holland. Ele defendeu que essa seja uma agenda sem volta que não pode encontrar empecilhos. O programa de concessões de infraestrutura, segundo o secretário, deve gerar investimentos de R$ 100 bilhões por ano.
Holland negou que haja um processo de represamento de preços administrados pelo governo. Lembrou que a energia elétrica, por exemplo, aumentou cerca de 13,5% desde janeiro e que também há altas nas taxas dos correios, lotéricas e produtos farmacêuticos. "Os [preços] monitorados acumulam alta de 5% nos últimos 12 meses", disse o secretário, levando em conta o Índice de Preços ao Consumidor Amplo do dia 15, o IPCA-15.
Sobre o cenário externo, Holland acredita em uma melhora, sem voltar aos patamares anteriores à crise internacional de 2008. O secretário disse que o país mostrou ter uma economia resistente e bons fundamentos por ter atravessado o período com consequências menos graves do que as verificadas no exterior.
Para ele, o país está perto de vencer a "guerra fiscal" entre estados, devido a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Márcio Holland ponderou que 70% das desonerações concedidas pelo governo, nos últimos anos, tiveram o objetivo de diminuir os custos de investimento e de produção.