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Secretário critica postura da mídia sobre gastos em eventos

Secretário executivo do Ministério do Esporte, Luís Fernandes, condenou a postura da mídia nacional em relação aos gastos com a Copa do Mundo e as Olimpíadas


	O secretário executivo do ministério dos Esportes, Luis Fernandes: para ele, o erro dos críticos está em considerar como “gastos” os “investimentos” feitos
 (Evaristo Sa/AFP)

O secretário executivo do ministério dos Esportes, Luis Fernandes: para ele, o erro dos críticos está em considerar como “gastos” os “investimentos” feitos (Evaristo Sa/AFP)

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Da Redação

Publicado em 27 de fevereiro de 2014 às 14h42.

Brasília - A defesa do legado da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos de 2016 para a população e o país foram os principais temas do debate que reuniu hoje (27) o secretário executivo do Ministério do Esporte, Luís Fernandes, e o presidente da Autoridade Pública Olímpica (APO), Fernando Azevedo e Silva, na Escola Nacional de Administração Pública (Enap), para discutir o tema Grandes Eventos Esportivos no Brasil: Desafios da Organização e Legados.

Luís Fernandes condenou a postura da mídia nacional, que rotula todos os gastos com a promoção do Mundial de Futebol como exigências dos organizadores dos eventos, principalmente a Fifa (Federação Internacional de Futebol), que é responsável pela Copa.

Segundo ele, tal situação reflete o que o jornalista e escritor Nelson Rodrigues (1912-1980) chamou, no passado, de “complexo de vira-lata” do brasileiro, ao duvidar que o país seja capaz de se preparar adequadamente para competições como a Copa e os Jogos Olímpicos.

De acordo com o secretário, todas as pesquisas de opinião mostram “uma ampla maioria favorável à realização da Copa no Brasil, mas é angustiante saber que um terço das pessoas ainda tem dúvidas sobre a importância que [o evento] terá para o país. É preciso reverter isso, por meio de ações que demonstrem os benefícios, que virão não apenas no aspecto esportivo, mas para toda a sociedade”.

Para Luís Fernandes, o erro dos críticos está em considerar como “gastos” os “investimentos” feitos em infraestrutura, mobilidade urbana, comunicações e transportes, entre outros, que serão os principais legados dos grandes eventos deste e dos próximos anos e que são necessários para o desenvolvimento do país, independentemente da Copa do Mundo.


Fernandes ressaltou que o custo total da Copa foi estimado em R$ 25,6 bilhões, dos quais R$ 8 bilhões na reconstrução e reforma dos estádios onde serão disputados os jogos nas 12 cidades-sede.

Para ele, existe “uma concepção falsa da mídia de que os investimentos públicos em estádios, por meio de empréstimos do BNDES, reduzem as aplicações em saúde e educação. Mas o que houve foi um crescimento dos recursos nessas áreas coincidindo com a realização da Copa”.

Os principais legados apontados por Luís Fernandes abrangem as áreas de esporte, infraestrutura e serviços, turismo, geração de empregos, consumo e tributos.

Quanto às Olimpíadas de 2016, com custo estimado em R$ 5,6 bilhões, entre investimentos públicos e privados, o secretário destacou que o legado, para a população do Rio de Janeiro, sede da competição, será resultado de investimentos públicos e privados em 54 projetos.

No plano esportivo, o objetivo dos Jogos de 2016 é colocar o Brasil entre os dez primeiros países na conquista de medalhas olímpicas e entre os cinco detentores de medalhas paraolímpicas.

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