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Secretário-adjunto de Direitos Humanos de SP deixa cargo

A saída ocorre menos de uma semana após a vereadora Patrícia Bezerra (PSDB) entregar a titularidade da pasta na noite de quarta-feira, 24

SP: atualmente, a função é exercida interinamente pelo secretário especial de Relações Governamentais (Rovena Rosa/Agência Brasil/Agência Brasil)

SP: atualmente, a função é exercida interinamente pelo secretário especial de Relações Governamentais (Rovena Rosa/Agência Brasil/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 30 de maio de 2017 às 09h11.

São Paulo - O advogado Thiago Amparo pediu nesta segunda-feira, 29, sua exoneração do cargo de secretário-adjunto de Direitos Humanos e Cidadania do município de São Paulo.

"Quando decidimos acelerar o tempo da política, é prudente atentar para os direitos que podem vir a ser abatidos no caminho (...). Despeço-me, respeitosamente grato pela oportunidade inestimável, com a esperança de que a garantia de direitos venha a nortear as ações da administração pública", escreveu em carta enviada ao prefeito João Doria (PSDB) e publicada por Amparo no Facebook.

A saída ocorre menos de uma semana após a vereadora Patrícia Bezerra (PSDB) entregar a titularidade da pasta na noite de quarta-feira, 24. Atualmente, a função é exercida interinamente pelo secretário especial de Relações Governamentais, Milton Flávio.

Ao anunciar a decisão nas redes sociais, Amparo disse estar "sentindo-se em paz" e postou uma carta na qual mostra insatisfação com os rumos da secretaria.

"Vislumbrei a possibilidade de que nossa cidade pudesse ocupar posição de vanguarda entre as principais metrópoles do mundo. Tal convicção resta por ora infundada. Cidades garantidoras de direitos não reservam os nomes de suas pontes e ruas para celebrar a memória da tortura; tais cidades consolidam, ao invés de subtrair por decreto, os direitos dos mais vulneráveis, entre eles pessoas em situação de rua; tais cidades garantem representatividade em termos iguais a mulheres no mais alto escalão do poder", declarou.

"Cidades garantidores de direitos compreendem participação social como um mecanismo de construção do diálogo democrático, e não como um empecilho à eficiência na gestão pública."

Como Amparo indicou na carta, Heloísa Salles é a única secretária mulher no alto escalão da Prefeitura de São Paulo. Inicialmente, a gestão Doria também contava com a vereadora Soninha Francine (PPS) na pasta de Desenvolvimento Social, da qual foi demitida em abril, e com Patrícia Bezerra, que deixou a Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania após a divulgação de um vídeo no qual criticava as ações da Prefeitura na região da Cracolândia.

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