Brasil

Seca já ‘consumiu’ 33 mil piscinas olímpicas em SP

O Sistema Cantareira ficou com déficit de 82,8 bilhões de litros nos últimos dois meses


	Sistema de captação de água do sistema de abastecimento Cantareira na represa de Jaguari: ontem, o Cantareira possuía 13,4% da capacidade
 (Paulo Whitaker/Reuters)

Sistema de captação de água do sistema de abastecimento Cantareira na represa de Jaguari: ontem, o Cantareira possuía 13,4% da capacidade (Paulo Whitaker/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 1 de abril de 2014 às 09h58.

São Paulo - A seca mais severa da história, aliada ao consumo ainda elevado de água, deixou o Sistema Cantareira com déficit de 82,8 bilhões de litros nos últimos dois meses, quando começou a valer o plano de bônus lançado pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB). O volume perdido é suficiente para encher cerca de 33 mil piscinas olímpicas.

Os dados constam do último relatório do comitê anticrise que monitora o principal manancial paulista, responsável pelo abastecimento de água de 47% da Grande São Paulo. Ontem, o Cantareira tinha 131,6 bilhões de litros restantes do chamado "volume útil", água represada acima do nível das comportas. O índice corresponde a 13,4% da capacidade.

O comitê, liderado por técnicos da Agência Nacional de Águas (ANA) e do Departamento de Água e Energia Elétrica (DAEE), estima que o volume do manancial deve zerar em meados de julho, conforme o Estado antecipou há duas semanas. Já a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) prevê o esgotamento do sistema no dia 21 de junho, no meio da Copa. A informação também foi revelada pelo Estado.

Diante da crise, a ANA e o DAEE liberaram para este mês de abril a captação das vazões mínimas das principais represas do Sistema Cantareira, formado por cinco reservatórios. Mesmo assim, tanto a Sabesp quanto as cidades da região de Campinas poderão retirar até 72 bilhões de litros do manancial neste mês.

Com o iminente esgotamento do "volume útil", o comitê deu prazo de 15 dias para a Sabesp apresentar o plano de captação de água do chamado "volume morto", que fica no fundo dos reservatórios, abaixo do nível das comportas.

Segundo a companhia, as obras necessárias para retirar até 196 bilhões de litros estarão concluídas entre maio e junho. A empresa informou que o volume é suficiente para quatro meses de abastecimento, que pode durar até outubro, início das chuvas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasMetrópoles globaisÁguaSão Paulo capitalSecas

Mais de Brasil

Apenas três estados divulgam integralmente informações sobre emendas estaduais, mostra índice

Deputado compara veto de Lula à PEC da Blindagem e vê pouca chance de reversão

Fachin marca sessão no STF para validar decisão que mantém número de deputados em 2026

CPI do INSS acusa presidente da Conafer de operar descontos ilegais em aposentadorias