Brasil

Se reforma não passar, governo tem "outros meios", diz Temer

Temer disse que a reforma da Previdência só irá à votação no plenário da Câmara dos Deputados quando o governo "contar os votos"

Michel Temer: "Não é bom para o Brasil (se reforma da Previdência não passar). Agora, não é um desastre definitivo, porque nós teremos outros meios", disse o presidente (Ueslei Marcelino/Reuters)

Michel Temer: "Não é bom para o Brasil (se reforma da Previdência não passar). Agora, não é um desastre definitivo, porque nós teremos outros meios", disse o presidente (Ueslei Marcelino/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 11 de maio de 2017 às 19h35.

São Paulo - A possibilidade de a reforma da Previdência não ser aprovada pelo Congresso Nacional não causará um "desastre definitivo" para o Brasil, pois o governo tem "outros meios", disse nesta quinta-feira o presidente Michel Temer em entrevista à TV Bandeirantes, sinalizando que haveria aumento de imposto caso a reforma fracasse.

"Não é bom para o Brasil (se reforma da Previdência não passar). Agora, não é um desastre definitivo, porque nós teremos outros meios", disse o presidente na entrevista, na qual classificou a tese de que o Brasil acaba caso as mudanças previdenciárias não sejam aprovadas de "absurdo".

"Eu cheguei aqui (à Presidência) sob o signo da CPMF. Passou um ano e nós não falamos em imposto. Sabe por que não falamos em imposto? Porque estamos fazendo as reformas", disse.

"Agora, se não passar, você vai me perguntar: 'Será preciso criar imposto?' Eu não sei, mas de repente se faz necessário, mas o Brasil não vai parar por causa disso", afirmou.

Temer também disse na entrevista, ao apresentador José Luiz Datena, que a reforma da Previdência só irá à votação no plenário da Câmara dos Deputados quando o governo "contar os votos" e sentir que tem o apoio de 308 deputados, necessários para aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) das mudanças previdenciárias.

"Vai para o plenário quando nós tivermos contado os votos", disse Temer. "Mas nós vamos chegar lá (em 308 votos) com toda a tranquilidade."

Indagado sobre eventuais novas mudanças no texto da reforma, já aprovado em comissão especial da Câmara, Temer afirmou que o tema caberá ao Congresso, mas reconheceu que chegou "ao ponto ideal" e que novas alterações "não seriam bem-vindas".

O presidente voltou a defender as reformas trabalhista e da Previdência. Sobre as alterações nas leis que regem as relações do trabalho, Temer afirmou que elas não retiram direitos, pois esses direitos estão garantidos na Constituição.

Já sobre as mudanças previdenciárias, o presidente disse que os únicos prejudicados serão aqueles que hoje detêm "privilégios".

"Quem vai perder são os privilegiados, porque nós vamos fazer uma equiparação", afirmou.

Acompanhe tudo sobre:Michel TemerGoverno TemerReforma da Previdência

Mais de Brasil

Fachin se encontra com Papa Leão XIV no Vaticano antes de assumir presidência do STF

Brasil enfrenta onda de tempestades com risco de tornados nesta semana

Aviação brasileira supera número de passageiros do pré-pandemia em 8,5% e dá força a novos destinos

Dia do Gaúcho: por que 20 de setembro é considerado feriado no Rio Grande do Sul