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Se pudesse, ficaria livre da Petrobras, diz Bolsonaro

Não é a primeira vez que Bolsonaro sugere que o governo federal abra mão da Petrobras

Bolsonaro: O presidente disse que as medidas que estão sendo tomadas pela estatal petrolífera (Alan Santos/PR/Flickr)

Bolsonaro: O presidente disse que as medidas que estão sendo tomadas pela estatal petrolífera (Alan Santos/PR/Flickr)

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Reuters

Publicado em 12 de janeiro de 2022 às 13h30.

No dia em que entra em vigor novo aumento dos combustíveis, o presidente Jair Bolsonaro reafirmou nesta quarta-feira que não tem controle sobre a política de preços da Petrobras e sinalizou novamente que gostaria de privatizar a estatal petrolífera.

"Alguém acha que eu sou o malvadão, que foi aumentado o preço da gasolina e do diesel ontem porque sou o malvadão? Primeiro que não tenho controle sobre isso. Se pudesse, ficaria livre da Petrobras", disse ele, em entrevista ao Gazeta Brasil.

Não é a primeira vez que Bolsonaro sugere que o governo federal abra mão da Petrobras.

Na véspera, a Petrobras havia informado que aumentaria os preços do diesel nas refinarias em 8% a partir desta quarta, enquanto a gasolina vendida às distribuidoras teria aumento médio de 4,85%.

O diesel passa de R$ 3,34 para R$ 3,61 por litro, enquanto a gasolina sobe de R$ 3,09 para R$ 3,24 por litro. Os preços atuais estão nos maiores patamares nominais desde pelo menos meados de 2019, segundo números da Petrobras compilados pela Reuters, com contribuição das cotações do petróleo e do câmbio.

O valor nos postos também depende de tributos e das margens de distribuidores e revendedores.

O presidente disse que as medidas que estão sendo tomadas pela estatal petrolífera --cujo governo federal é o acionista majoritário-- levam em conta fórmulas do passado, como a paridade internacional do preço dos combustíveis. Segundo ele, o preço do insumo encareceu no mundo todo.

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