Eduardo voltou a atribuir a responsabilidade do tarifaço a Moraes (Agência Câmara/Agência Câmara)
Agência de notícias
Publicado em 22 de julho de 2025 às 07h18.
O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) disse que, "se nada for feito, a gente não tem eleição no ano que vem". Em entrevista ao podcast Inteligência Ltda. na noite da segunda-feira, 21, o parlamentar saiu em defesa do tarifaço anunciado por Donald Trump, voltando a atribuir a responsabilidade do anúncio ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
Na ocasião, ele também confirmou ter tido contas bancárias e Pix bloqueadas pelo magistrado.
"Na verdade, se nada for feito, a gente não vai ter uma eleição no ano que vem, vai ter um teatro das tesouras. O PL, meu partido, é recordista de ações dentro do STF, a maioria delas por falar. O Gustavo Gayer tem problema, Nikolas Ferreira sofre condenação, e eu também estou lá dentro", disse ao complementar a fala do economista Paulo Figueiredo Filho, que defendeu a imposição das tarifas por Trump como "um remédio amargo para restaurar a democracia brasileira".
Durante a entrevista, Eduardo voltou a atribuir a responsabilidade do tarifaço ao ministro do STF, referindo-se ao anúncio como "tarifa Moraes", e afirmou que atenção dada pelo presidente americano ao Brasil no momento seria motivo de "celebração".
"Nós conseguimos atrair a atenção do Donald Trump depois dele ter impedido uma guerra nuclear, finalizando o que Israel começou, bombardeando as bases nucleares do Irã. Depois disso, veio o "Big Beautiful Bill", que era uma questão interna orçamentária deles. Na sequência, o Trump já puxou os holofotes para o Brasil. Isso daí é motivo de celebração".
O parlamentar também comentou sobre a decisão de Moraes, divulgada nesta segunda-feira, que determinou o bloqueio de suas contas bancárias e Pix. A decisão está sob sigilo, segundo fontes ouvidas pelo jornal O Globo, e tem o objetivo de dificultar que o parlamentar continue ações que atentariam contra a soberania brasileira nos Estados Unidos.
"Ele acabou de bloquear as minhas contas bancárias. Quero ver encontrarem alguma coisa", afirmou o filho do ex-presidente.
A decisão, antecipada pelo site Metrópoles, ocorre no âmbito das investigações da Polícia Federal sobre as ações do deputado e de seu pai para obter o apoio do presidente americano à tese de que o bolsonarismo seria perseguido pela Justiça brasileira.