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"Se me deixarem solto, viro presidente", diz Lula

Ex-presidente tem encontro marcado com o presidente do Senado, Renan Calheiros, que tem sido pressionado por colegas a aderir ao impeachment


	O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva: para Lula, saldo da condução coercitiva na Operação Lava Jato foi positivo, para ele mesmo e para o PT
 (Hugo Villalobos/AFP)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva: para Lula, saldo da condução coercitiva na Operação Lava Jato foi positivo, para ele mesmo e para o PT (Hugo Villalobos/AFP)

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Da Redação

Publicado em 9 de março de 2016 às 10h02.

Brasília - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem feito um diagnóstico positivo sobre o impacto da ação da Operação Lava Jato que o levou para prestar depoimento de forma coercitiva.

A pessoas de sua confiança, ele tem dito que o PT e o governo mais ganharam do que perderam com o episódio.

"A partir de agora, se me prenderem, eu viro herói. Se me matarem, viro mártir. E se me deixarem solto, viro presidente de novo", disse Lula a mais de um interlocutor.

Conforme o jornal O Estado de S. Paulo apurou, o ex-presidente mostrou-se confiante em resgatar a imagem do partido.

Lula chegou nesta terça-feira, 8, à tarde em Brasília para reunir-se com a presidente Dilma Rousseff pela segunda vez em quatro dias.

Nesta quarta pela manhã, o ex-presidente tem encontro marcado com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que tem sido pressionado por alguns colegas a aderir ao impeachment.

No Congresso, a avaliação é de que a ação da Lava Jato causou um efeito positivo para Lula em vários aspectos. "O episódio unificou o PT e tirou o partido da paralisia. Atualmente, não há clima mais para falar em disputa entre correntes internas", disse o deputado Paulo Teixeira (PT-SP).

Para ele, a forma como ocorreu a condução coercitiva de Lula também sensibilizou os movimentos sociais. "Até para quem não vota no Lula de jeito nenhum foi transmitida uma sensação de que houve abuso por parte da Lava Jato."

Os advogados do ex-presidente recorreram da decisão da ministra do Supremo Tribunal Federal Rosa Weber, que negou pedido de liminar para que a Corte suspendesse a 24.ª fase da Operação Lava Jato e decidisse qual órgão deve ser responsável pelas investigações contra o petista.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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