Brasil

Se impeachment chegar ao Senado, será majoritário, diz Aécio

O processo de impeachment será célere e estará em breve no Senado


	Aécio: o processo de impeachment será célere e estará em breve no Senado
 (Geraldo Magela/Agência Senado)

Aécio: o processo de impeachment será célere e estará em breve no Senado (Geraldo Magela/Agência Senado)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de março de 2016 às 17h03.

Brasília - O presidente do PSDB, Aécio Neves, avalia que o Congresso vive um caminho sem volta em direção ao impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Ele ponderou a importância da atuação do PMDB no processo e criticou que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), ainda seja um elo resistente do partido com o governo.

Para Aécio, o processo de impeachment será célere e estará em breve no Senado. "Nosso sentimento é de que esse rito será rápido. Em 40 dias, no máximo, estaremos pensando no Senado e já se manifestando sobre o afastamento", disse.

Os tucanos demonstraram otimismo em relação à composição da Comissão Especial do impeachment que foi instalada nessa quinta-feira, 17, na Câmara dos Deputados.

Segundo integrantes da comissão, já existe movimento claro das ruas e o Congresso demonstra seguir na mesma direção de abandono à base do governo.

A estratégia é intensificar o diálogo com integrantes do PMDB e, em seguida, com outros partidos que ainda se posicionam de forma "neutra" ou "indecisa".

"O PMDB é um ator vital porque hoje é o partido de maior sustentação desse governo. Mas tenho uma sensação de que, no momento em que essa decisão chegar ao Senado, o afastamento da presidente será majoritário não apenas no PMDB, mas no conjunto das forças do Senado", afirmou Aécio.

O tucano, no entanto, não deixou de criticar o presidente do Senado, que tem dado poucos sinais de que vai confrontar diretamente o governo.

"É notório e claro que Renan ainda acredita numa possibilidade de superação dessa crise com a presidente Dilma no cargo. Mas tenho certeza que o presidente do Senado, apesar da solidariedade pessoal que tem demonstrado à presidente, se curvará à realidade dos fatos", afirmou Aécio.

O líder do PSDB, Cássio Cunha Lima (PB), também alegou que Renan está "tão cauteloso, que ainda não falou conosco". Segundo ele, desde a divulgação dos grampos entre Dilma e o ex-presidente Lula, o PSDB ainda não conseguiu conversar com o presidente do Senado.

Acompanhe tudo sobre:aecio-nevesCâmara dos DeputadosImpeachmentMDB – Movimento Democrático BrasileiroPartidos políticosPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosSenado

Mais de Brasil

Justiça nega pedido da prefeitura de SP para multar 99 no caso de mototáxi

Carta aberta de servidores do IBGE acusa gestão Pochmann de viés autoritário, político e midiático

Ministra interina diz que Brasil vai analisar decisões de Trump: 'Ele pode falar o que quiser'

Bastidores: pauta ambiental, esvaziamento da COP30 e tarifaço de Trump preocupam Planalto