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Se Bolsonaro perder liderança, será "prenúncio de fraude", diz general

Bolsonaro segue na liderança no segundo turno com 59% das intenções de voto, uma ampla vantagem em relação ao rival Fernando Haddad, que tem 49%

General Paulo Chagas (Redes sociais/Reprodução)

General Paulo Chagas (Redes sociais/Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 15 de outubro de 2018 às 09h07.

Última atualização em 24 de outubro de 2018 às 06h30.

São Paulo - Candidato derrotado do PRP ao governo do Distrito Federal no primeiro turno das eleições, o general Paulo Chagas segue disparando mensagens polêmicas em seu perfil no Twitter. No sábado, 13, ele disse que “se, nos próximos dias, houver mudança nas pesquisas, teremos que por as barbas de molho. Será o prenúncio da fraude".

Jair Bolsonaro (PSL) segue na liderança no segundo turno com 59% das intenções de voto, uma ampla vantagem em relação ao rival Fernando Haddad (PT), que tem 49%, de acordo com a última pesquisa Datafolha. "A opinião pública não muda de uma hora para outra, assim como um ateu não se converte ao Catolicismo e, num átimo, se transforma em um papa-hóstias!”, complementou o aliado do pesselista.

O general ignora a onda eleitoral no primeiro turno que favoreceu o próprio Jair Bolsonaro e seus aliados. Ainda segundo pesquisa do Datafolha, 12% dos eleitores decidiram o candidato a presidente no dia da votação. Além disso a fala volta a reforçar as críticas que o próprio Bolsonaro faz em relação à confiabilidade das urnas eletrônicas. No sábado, o capitão reformado do Exército afirmou que, se eleito, vai propor ao Congresso uma reforma na urna eletrônica. No domingo (7), dia em que teve uma vitória consagradora no primeiro turno, Bolsonaro voltou a afirmar que havia fraudes nas urnas eletrônicas. No mesmo dia, a ministra Rosa Weber, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, reiterou a confiabilidade do sistema.

“É um sistema auditável, que permite a verificação de uma eventual fraude que, até hoje, nunca foi comprovada”, disse a ministra, relembrando que as urnas eletrônicas são usadas com sucesso há 22 anos.

"Sem vergonha", escreveu um dia depois o diretor do Datafolha, Mauro Paulino, em resposta à declaração do general, acrescentando que a próxima pesquisa do instituto será divulgada na quinta-feira (18), "com a mesma isenção de sempre".

Outras declarações

Não é a primeira vez que Chagas chama atenção com suas opiniões. Em abril, o general, então pré-candidato ao governo do DF, usou o Twitter para declarar apoio ao general Villas Bôas, dizendo que “a espada ao lado, a sela equipada, o cavalo trabalhado e aguardo suas ordens”. O tuíte foi uma resposta à declaração do general-comandante de que o Exército “se mantém atento às suas missões institucionais”.

Ao G1, Chagas disse em setembro que, se fosse eleito, iria intervir no sistema público de saúde no primeiro dia de mandato.

 

 

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