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SC descarta queda na atividade turística durante o carnaval

De acordo com associação, não foi significativo o número de reservas canceladas desde a semana passada, quando teve início a nova de onda de violência


	Ônibus incendiado em Santa Catarina: nesta sexta-feira, turistas já começavam a circular pelas praias de Balneário Camboriú, no litoral norte catarinense
 (Marcelo Camargo/ABr)

Ônibus incendiado em Santa Catarina: nesta sexta-feira, turistas já começavam a circular pelas praias de Balneário Camboriú, no litoral norte catarinense (Marcelo Camargo/ABr)

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Da Redação

Publicado em 8 de fevereiro de 2013 às 20h42.

Florionópolis – O setor turístico catarinense espera superar, neste carnaval, os resultados obtidos no ano passado, mesmo com a atual onda de violência no estado. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), a taxa de ocupação de hotéis em Santa Catarina deve crescer cerca de 8% este ano, ficando em 92% dos 180 mil leitos existentes. De acordo com a associação, não foi significativo o número de reservas canceladas desde a semana passada, quando teve início a nova de onda de violência.

“Esperamos crescimento. Até porque esses atentados poderão trazer consequências para a taxa de ocupação da hotelaria daqui a uns quatro ou cinco meses. No momento, eles não estão interferindo, porque as reservas feitas já apontam uma taxa de ocupação melhor do que a do ano passado. Pontualmente, pode ter havido uma ou outra desistência, mas não chega a influenciar”, avaliou o presidente do Conselho Deliberativo da ABIH-SC, João Eduardo Moritz.

Nesta sexta-feira (8), turistas já começavam a circular pelas praias de Balneário Camboriú, no litoral norte catarinense. “O que atrapalhou hoje foi a chuva e agora o céu nublado, mas a cidade está ficando cheia”, comentou a vendedora Ana Esteves, de 60 anos, que trabalha em um quiosque na praia. Ela também não acredita que os ataques tenham interferência no movimento da cidade. “Aqui só teve um lá no começo. Claro que ainda tem receio, mas a polícia está muito presente”, avaliou.

A fonoaudióloga Janaína Rocha, de 36 anos, também não mudou seus planos de passar o carnaval em Balneário Camboriú por causa da onda de ataques. “Aqui quase não teve nada, diferentemente de Itajaí e Navegantes [cidade onde mora].” Ela ressalta, porém, que tem tomado alguns cuidados nos dias que passa na cidade. “A gente sai menos à noite. Dá para ficar preocupado.”


O presidente da Santa Catarina Turismo (Santur), Valdir Rubens Walendowsky, estima que 200 mil pessoas devem chegar ao estado para o carnaval e acredita que as taxas de ocupação dos hotéis vão se manter. “Todas as previsões estão sendo realizadas. As adesões aos pacotes para Santa Catarina estão sendo confirmadas. Os voos estão com ocupação até superior à do ano passado.”

Para ele, os atentados ocorridos no estado não mudaram os planos dos visitantes, porque há uma forte ação do governo estadual para conter a violência. “Todo o setor de segurança está mobilizado para que tenhamos um excelente feriadão. E que Santa Catarina continue sendo um estado de referência na questão da segurança também”, diz Walendowsky.

O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Nazareno Marcineiro, o efetivo da polícia foi reforçado para o feriadão. “Suspendemos as férias dos policiais militares que trabalham na parte administrativa para aumentar o número de policiais nas ruas”, explicou. Durante o carnaval, vão funcionar as chamadas linhas “madrugadão”, que estavam suspensas por causa dos ataques a ônibus. A escolta da polícia aos ônibus, entre as 20h e as 23h, além das linhas que circularão na madrugada, vai continuar.

Para Walendowsky, as cidades catarinenses mais procuradas no carnaval serão as do litoral, principalmente Laguna e Balneário Camboriú, e algumas do interior, onde a festa é tradicional, como Joaçaba. Segundo a Secretaria de Turismo de Balneário Camboriú, 600 mil pessoas chegarão à cidade neste feriado, entre turistas de outros estados e os próprios catarinenses. Na alta temporada, entre dezembro e fevereiro, passam pela cidade, que tem cerca de 113 mil habitantes, aproximadamente 2 milhões de pessoas, diz a secretaria.

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