Exames oftalmológicos em São Paulo, organizado pela Secretária de Saúde (Edson Lopes Jr./Divulgação/Governo de São Paulo)
Da Redação
Publicado em 28 de maio de 2014 às 20h53.
São Paulo - Um grupo de cerca de 30 trabalhadores da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo invadiu o auditório da pasta durante uma coletiva de imprensa do secretário David Uip, na manhã desta quarta-feira, 28.
Uip, que havia se comprometido a conversar com os manifestantes após o evento, saiu no meio da entrevista, sem falar com ninguém.
A revolta foi causada pela suspensão do pagamento de um reajuste no prêmio de incentivo prometido pela secretaria para todos os funcionários.
"O prêmio de incentivo seria pago para os servidores administrativos e técnicos no dia 23. Ele apareceu no nosso extrato e no nosso holerite no dia 22, teve desconto do Imposto de Renda e, quando foi no dia 23, acabou tirado da conta", disse o diretor de organização do SindSaúde-SP, Emerson Trindade.
Antes da invasão, ao ser questionado por jornalistas, o secretário confirmou a suspensão do pagamento e disse que ela ocorreu após reavaliação da Secretaria da Fazenda.
Disse ainda que os 55 mil servidores técnicos da secretaria, como enfermeiros e psicólogos, receberam o reajuste.
Já o pagamento para os cerca de 17 mil funcionários administrativos, como recepcionistas e motoristas, foi suspenso para que o governo estude uma nova forma para o pagamento.
Após o protesto, a secretaria informou, em nota, que "está acertando os últimos detalhes burocráticos e técnicos para efetivação total da folha de pagamento dos funcionários administrativos", mas não deu uma estimativa de quando o depósito será feito.
Copa
Os trabalhadores iniciaram greve nesta terça e prometem ampliá-la para mais unidades na segunda-feira.
"No dia 12, abertura da Copa, faremos um grande ato", disse Trindade. A secretaria afirmou que Uip não recebeu os manifestantes porque eles descumpriram acordo de esperar o término do evento.
A pasta disse ainda que "lamenta a postura agressiva do SindSaúde-SP".