Brasil

Saúde deve informar medidas para evitar falta de medicamentos, diz MPF

Unidades de saúde relataram ao MPF que estão com dificuldades para comprar medicamentos para pacientes graves de covid-19 que estão internados

Ministro Interino da Saúde, Eduardo Pazuello, participa da 4ª Reunião do Conselho de Governo (Marcos Corrêa/PR/Flickr)

Ministro Interino da Saúde, Eduardo Pazuello, participa da 4ª Reunião do Conselho de Governo (Marcos Corrêa/PR/Flickr)

R

Reuters

Publicado em 28 de julho de 2020 às 06h23.

O Ministério Público Federal (MPF) enviou ofícios ao Ministério da Saúde pedindo informações sobre medidas adotadas pela pasta para evitar um desabastecimento na demanda de medicamentos usados nos chamados kits intubação, informou a assessoria de imprensa do órgão nesta segunda-feira.

A assessoria de imprensa da pasta informou, em nota, que vai responder dentro do prazo estipulado as informações solicitadas.

A determinação, enviada na sexta-feira ao ministério, cita o fato de que o MPF no Distrito Federal, no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Sergipe recebeu nas últimas semanas informações de hospitais públicos e privados que atendem ao SUS sobre risco de desabastecimento de alguns medicamentos usados em pacientes graves de Covid-19 que se encontram internados.

As unidades de saúde relataram ao MPF estarem tendo grandes dificuldades na compra dos medicamentos por uma série de fatores como falta de oferta e atrasos. Disseram ainda que a distribuição dos medicamentos requisitados pela União entre Estados não tem ajudado na normalização dos estoques.

O Ministério da Saúde deve informar aos procuradores, por exemplo, quais medidas vai adotar para suprir a falta de medicamentos até a conclusão das compras e entrega das primeiras cargas a Estados e municípios, prevista para ocorrer em agosto.

O MPF lembra que o ministério ainda não esclareceu quais foram os medicamentos e as quantidades requisitadas das indústrias farmacêuticas e os critérios utilizados para a distribuição entre os Estados, bem como o cronograma a ser seguido nas próximas vezes.

Em nota, o ministério disse que a pasta entende que faz parte da administração e da transparência de gestão responder a questionamento do MP ou de outros órgãos de controle. "Trata-se de uma ação extremamente salutar. A resposta será dada dentro do prazo estipulado", informou.

O ministério afirmou que auxilia Estados e municípios a realizarem suas compras de relaxantes musculares e sedativos para pacientes internados com Covid-19.

"De forma imediata, adquiriu e entregou 992.200 unidades de medicamentos da indústria nacional e 54.867 unidades de produtos de laboratórios uruguaios", citou.

"Além disso, ocorre, nesta segunda-feira (27), licitação via Sistema de Registro de Preços (SRP) para compra dos medicamentos anestésicos. O pregão por registro de preço teve 49 solicitações de adesão de secretarias estaduais de Saúde e das capitais", completou.

O ministério disse que ainda segue em curso uma compra internacional dos produtos por meio da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).

Acompanhe tudo sobre:CoronavírusGoverno BolsonaroMinistério da Saúde

Mais de Brasil

Qual é o valor da multa se não votar no 2º turno? Saiba o que fazer caso não consiga justificar

Segundo turno das eleições municipais, um novo teste para Lula e Bolsonaro

Posso justificar meu voto depois do segundo turno das eleições? Veja prazo

Até que horas posso votar no segundo turno das eleições 2024?