Elon Musk: satélites vão levar internet à Amazônia (AFP/AFP)
Carla Aranha
Publicado em 30 de agosto de 2022 às 15h27.
Última atualização em 11 de setembro de 2022 às 12h55.
*De Brasília
Os satélites da Starlink, um braço da SpaceX, do bilionário americano Elon Musk, devem começar a fornecer conectividade a escolas rurais na Amazônia a partir de setembro, segundo o ministro Fábio Faria, das Comunicações.
"Trata-se de um projeto piloto, que deverá funcionar por meio de doações realizadas pela SpaceX", diz Faria. Deverá ser feita uma licitação de empresas interessadas em levar internet à Amazônia. "Até dezembro, todas as escolas da Amazônia deverão ter sinal de internet", afirma o ministro.
Em maio, Musk realizou sua primeira viagem oficial ao Brasil para discutir detalhes da operação da Starlink, de satélites de baixa órbita, braço da SpaceX, na Amazônia.
Na ocasião, se reuniu com Fábio Faria e o presidente Jair Bolsonaro no hotel Fasano Boa Vista, em Porto Feliz, no interior de São Paulo. O encontro selou a parceria entre a SpaceX e o governo brasileiro para levar a internet à Amazônia. Faria vinha mantendo encontros e reuniões com o fundador da Tesla desde novembro do ano passado.
Os satélites de baixa órbita também devem captar imagens que devem ajudar no controle de incêndios e desmatamentos ilegais na floresta amazônica, segundo Faria.
A Starlink desenvolveu uma mega constelação de satélites de baixo custo que oferece internet de alta velocidade – atualmente, há mais de 1.700 unidades em órbita.
O acesso à internet é feito por meio de kits de recepção de sinal. A empresa pretende colocar chegar a 30 mil satélites em órbita nos próximos anos.
A empresa tem concorrentes como a britânica OneWeb, que lançou mais de 350 satélites de baixa órbita. Outro player desse mercado é a Amazon, que pretende colocar 3.200 satélites em órbita com o objetivo de levar internet a comunidades rurais e locais remotos.
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